Duas oficinas estão chamando a atenção de educadores e alunos no Instituto de Inverno, que se realiza no Parque Barigüi, em Curitiba: a de robótica e a de energia solar. Com peças de Lego são construídos robôs. Dentro de caixas – feitas com os próprios blocos do brinquedo – coloca-se um microprocessador, que contém os movimentos que serão responsáveis pela movimentação do brinquedo. Dois deles já estão prontos. Mas um apenas tem nome: Zoom-zoom.
Crianças a partir de 8 anos podem participar dessa oficina, que ensina – através de explicações que partem do real – conceitos de física, química, matemática. “A interdisciplinaridade é um dos trunfos dessa atividade”, comenta o diretor presidente da Edacom Tecnologia (empresa responsável pela Lego Data no Brasil), Marcos Wesley de Amorim Ribeiro.
A idéia da oficina é mostrar como a tecnologia pode ser usada dentro da proposta construcionista. “As crianças partem de desafios práticos, para aprender conceitos como tração (para fazer o robô subir uma rampa, por exemplo), energia e distância”, comenta Ribeiro.
Em uma segunda etapa da oficina, os participantes aprendem a fazer um carrinho (também com peças de lego) que se movimenta através da energia solar. Em uma pista de oito metros, os instrutores promovem uma corrida de carros, construídos a partir de conceitos de física, química e biologia. “É importante que os professores percebam que os alunos precisam de exemplos concretos, para compreender a aplicação de teorias, cálculos e conceitos abstratos”, diz o coordenador da unidade móvel da Edacom, Cláudio Moisés Moura Tiago. “E também trabalham o raciocínio e a língua portuguesa, já que têm de explicar seus projetos, fazer relatórios e mostrar soluções”, explica.
