Obras no Contorno Norte entram em sua fase final

Estão em fase final as obras de construção do lote número dois do Contorno Norte. O lote tem 8,77 quilômetros e vai da Avenida Manoel Ribas, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, à Rodovia dos Minérios. A expectativa é de que ele seja liberado para uso dentro de sessenta dias.

As obras tiveram início em janeiro de 2004 e, pelas previsões iniciais, deveriam ter sido entregues em janeiro deste ano. "A obra é extremamente complexa e o atraso se deve a diversos fatores, como necessidade de substituição de solo mole, desapropriações judiciais e grande intensidade de chuvas", afirma o secretário de Estado dos Transportes, Waldir Pugliesi.

Para a finalização do lote estão sendo gastos cerca de R$ 8,5 milhões. Na opinião do secretário, o término das obras deve compensar o atraso, pois com a abertura do trecho do Contorno, entre 12 mil e 15 mil veículos pesados devem deixar de circular pelas ruas de Santa Felicidade. "O lote vai tirar todo o tráfego pesado da área urbana".

O lote dois é o terceiro a ser finalizado. Já foram concluídos o de número um (que vai da BR-277 à Manoel Ribas, com 5,4 quilômetros) e o três (da Rodovia dos Minérios à Rodovia da Uva, com 7,1 quilômetros). O lote quatro, que tem 11,7 quilômetros e liga a Rodovia da Uva à BR-116, é de responsabilidade do governo federal e ainda não começou a ser construído.

Moradores

Para as pessoas que vivem nas proximidades do Contorno, o fim das obras representa tanto um alívio quanto uma preocupação. Elas se dividem ao acreditar que a liberação das pistas pode ao mesmo tempo trazer benefícios, por tirar os veículos pesados da área urbana, quanto malefícios, aumentando os índices de poluição sonora e do ar. "O trecho do Contorno ainda não está liberado, mas mesmo assim os veículos estão passando. Só na semana passada, presenciei dois acidentes. Meu medo é que, com o fim das obras e a abertura do Contorno, o número de acidentes seja ainda maior, representando um risco aos moradores", afirma a instrumentadora cirúrgica Dirlene Moreira.

O emissor de bilhetes Antônio Xavier Soares estima que, no últimos dois meses, tenha presenciado quinze acidentes nas proximidades do Contorno. Porém, ao contrário de Dirlene, ele acredita que com o final das obras o número de ocorrências irá diminuir. "O Contorno irá receber sinalização e, dessa forma, não deve haver tantos acidentes. Além disso, acredito que os caminhões deixarão de passar pela minha rua e por outras próximas. Só isso já será um alívio".

A dona-de-casa Doraci Manfron, que mora na rua Justo Manfron, na Lamenha Pequena, em Almirante Tamandaré, se incomodou bastante com as obras. Durante um longo período, ela conviveu com o barulho de máquinas e com a poeira. Por isso, não vê a hora de que o trânsito seja liberado. "Acho que o trânsito no Contorno não vai incomodar tanto quanto as obras", comenta. Como Antônio, ela também espera pela minimização do tráfego de veículos pesados na rua em frente à sua casa. 

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