Foto: Lucimar do Carmo

Construção pode afetar dois prédios no bairro da capital.

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A falta de informações sobre a construção de uma trincheira no bairro Portão, em Curitiba, fez os moradores de dois condomínios entrarem na Justiça. A obra está sendo feita entre as vias rápidas que ligam o bairro ao centro, cortando a Avenida Presidente Kennedy. A intervenção é para dar fluidez ao trânsito na região devido à instalação de um shopping center. Os moradores alegam que não são contra a obra, mas querem uma posição definitiva sobre a desapropriação de áreas dos prédios e alternativas de acesso.

O síndico do condomínio Maria Júlia, Renato Abreu, conta que o projeto da construção da trincheira prevê que as obras deverão avançar cerca de cinco metros em direção ao prédio. Com isso, eles perderiam o jardim e playground, que ficam de frente para a Rua Eduardo Carlos Pereira, onde está sendo feita a obra. Como não receberam informações sobre os valores de indenizações, tampouco as alternativas de acesso às garagens, entraram na Justiça com um pedido de interdito proibitório contra a Prefeitura. A liminar foi concedida em março e provocou a paralisação dos trabalhos.

O síndico confirmou ainda que os moradores do condomínio, que fica ao lado do prédio, o Lídia Maria, também ingressaram com o mesmo pedido. Segundo Abreu, nenhum dos dois condomínios tiveram acessos a laudos sobre os impactos da obra para as edificações. ?Não nos foi passado nada e por isso entramos na Justiça?, reclamou. Os dois condomínios abrigam 111 apartamentos.

Ippuc

A engenheira Suzana da Costa Andrade, supervisora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), explica que a paralisação das obras se deu por motivo de precaução. ?Como a obra foi adiantada em um ano, não houve tempo hábil de o município contemplar em orçamento o valor das desapropriações, mas já tomamos medidas administrativas necessárias para arcar com estes custos?.

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Com isso, as respostas que os condôminos esperam, segundo ela, devem ser dadas em breve. ?Acredito que a procuradoria do município deve chamá-los nos próximos dias para explicar como será feito o pagamento. Resolvida essa questão legal, a obra terá continuidade?, garante.

A supervisora explica, ainda, que o acesso às garagens deve ser facilitado com a construção de uma nova pista de rolamento em frente aos prédios, inclusive com área para estacionamento. 

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