Obra tira sono de morador das Mercês

A construção de um imóvel no bairro das Mercês, em Curitiba, está tirando o sono de alguns moradores da região. A principal reclamação é que a construção atrapalhou a visão e a incidência de sol em algumas casas. Os moradores argumentam que a obra fere a lei de zoneamento do município, pois, por ser uma área residencial, só é permitido erguer dois pavimentos no local.

A construção fica entre as ruas Victorio Viezzer e Irmã Tecla. O delegado de polícia Agenor Salgado Filho, que mora na Rua Deputado Chacic Avi, nos fundos da obra, reclama que a construção tirou a visão que ele tinha do Parque Barigui, “pois está sendo erguido um terceiro pavimento”. A obra também faz sombra na piscina e quintal da casa. O delegado já protocolou uma reclamação na Prefeitura, mas até agora não teve retorno se a obra está ou não ilegal.

A mesma reclamação fez a estudante Antoniella Amil, que está construindo uma casa atrás do imóvel. Ela conta que perdeu o investimento que fez no quarto da casa, pois ao invés de ver o bairro pela janela, agora toda a visão está coberta pela parede da obra. Antoniella afirmou que solicitou na Prefeitura a construção de um triplex, mas teve aprovado uma casa com apenas dois pavimentos.

O comerciante Ervino Panek também está insatisfeito com a construção. A residência dele também faz fundos com a polêmica obra, que tirou a incidência de sol no terraço e área de serviço. Tanto Panek como Agenor Salgado pretendem entrar na justiça para pedir indenização pela desvalorização dos imóveis.

Fiscal

O engenheiro da obra Marcelo Benato informou que não existe irregularidade na construção, afirmando que todos os projetos foram aprovados pela Prefeitura. Ele disse que o terceiro pavimento comentado pelos vizinhos não passa da cobertura do sobrado. A Prefeitura afirmou que mandaria um fiscal da Secretaria de Urbanismo verificar a obra. Se ela estiver irregular, o proprietário será notificado a paralisar a obra e apresentar o alvará para a construção. Se ele não tiver o documento, será multado em R$ 430,00, e se insistir em continuar a obra, o valor da multa dobra e ele pode ser acionado na Justiça.

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