OAB pede transferência de Fórum

A retomada das obras do prédio no Centro Cívico, que seria destinado ao Fórum de Curitiba, apesar de ser uma notícia boa à população, não agradou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Paraná (OAB-PR), Manoel Antônio de Oliveira Franco. Ele critica o destino da construção: abrigar as secretarias. A obra, que foi iniciada há 18 anos e está parada há uma década, já custou o equivalente a R$ 14 milhões.

Para Franco, existe uma urgente necessidade em transferir o Fórum para um outro local mais propício. “Atualmente, não tem a menor condição de trabalhar e atender a população”, comenta. Entre os problemas, está a precariedade dos elevadores, resultando em uma fila de até duas horas para subir nos andares. “O Estado têm esquecido do povo, da sociedade e dos advogados. Eles alteraram o destino sem definirem um lugar para o Fórum”, justifica.

O presidente da OAB-PR acredita que o conforto dos serviços administrativos estão sendo priorizados. “Um exemplo é a construção de uma nova ala no Tribunal de Justiça para dar conforto aos gabinetes. Outro é o novo prédio do Tribunal de Alçada”, afirma. “Não foi nenhuma surpresa o anúncio da retomada das obras para o secretariado”.

Franco comenta que algum tempo atrás falou-se em utilizar a área da Prisão Provisória do Ahu para abrigar o novo Fórum. “Mas só ficamos na promessa”, conta. A OAB-PR vai se manifestar sobre o prédio no Centro Cívico diretamente com o governo do Estado no começo da semana que vem. Franco está aguardando o anúncio oficial e a possibilidade de um outro local ser destinado para o Fórum da cidade.

Obras

A Secretaria de Estado de Obras Públicas divulgou que os últimos quatro andares da estrutura serão desmontados na primeira fase da recuperação. A expectativa é que os trabalhos comecem daqui a 60 dias. O prazo para o término das obras é de quatro meses. O presidente do Conselho Regional de Arquitetura, Engenharia e Agronomia (Crea), Luiz Antônio Rossafa, afirma que o prédio pode ser recuperado. No final de 2000, o conselho, juntamente com outras entidades, elaborou um documento direcionado ao governo em que criticou a possibilidade de demolição da estrutura. “Os estudos mostraram que a obra poderia ser terminada. Além disso, seria uma demonstração de cuidado com a sociedade, pois evitaria o desperdício de dinheiro público”, explica. De acordo com Rossafa, é preciso fazer o redimensionamento das funções e espaços do prédio e adequá-lo às necessidades atuais.

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