O risco do roubo de documentos

Depois que o estudante londrinense Eduardo Aparecido Rosa Neto, 22 anos, teve os documentos roubados em 2002, começou a enfrentar uma série de problemas, porque várias dívidas foram contraídas em seu nome. O assaltante falsificou seus documentos e conseguiu abrir uma conta no Banco do Brasil (BB), distribuindo cheques pelo comércio. Mesmo já tendo comprovado que não era o titular da conta, ainda está com o nome no Serasa e SPC.

Eduardo conta que fez um boletim de ocorrência assim que foi roubado. Em abril de 2003, descobriu que havia várias dívidas em seu nome. O estudante foi até a agência do BB e comprovou que não foi ele quem abriu a conta. O vínculo com o banco foi desfeito, mas algumas empresas enviaram o nome para o Serasa. Eduardo diz que procurou várias vezes o banco para resolver o problema, mas não obteve sucesso: “Quero limpar meu nome, prestar concurso, nem minha bolsa de estudos consigo receber”, reclama.

O gerente do BB, Sérgio Tonsig, confirma que a conta foi aberta. Ele diz que o falsário apresentou todos os documentos necessários e a falsificação da carteira de identidade era perfeita, a ponto de os funcionários não conseguirem perceber nenhum problema. “Nós tratamos todas as pessoas como cidadão de bem e não como bandidos”, conta.

Segundo Sérgio, o banco vai enviar ao Serasa e ao SPC uma carta de nulidade. Com este documento, explica, os dois órgãos devem tirar o nome de Eduardo da lista de inadimplentes.

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