Número de mortes pós-parto continua preocupante

O Dia Nacional da Prevenção da Mortalidade Materna, celebrado ontem, foi marcado por discussões sobre o tema nas 22 regionais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Segundo o Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna, presidido pela professora Eliana Cargino, do curso de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), essas atividades têm como objetivo proporcionar a reflexão dos profissionais e da comunidade sobre o tema e buscar alternativas que contribuam para a intervenção sobre os determinantes das mortes maternas.

Entre os temas que mais preocupam os comitês regionais estão a assistência ao pré-natal com qualidade, o incentivo à criação de comitês municipais para vigiar as mortes maternas, estratégias para melhorar a atuação dos comitês regionais e municipais, o pré-natal de alto risco e a análise da situação da mortalidade na Regional de Saúde. “Se o hospital for bem equipado e os profissionais forem capacitados, as mortes podem ser evitadas, diminuindo os índices de mortalidade materna”, observa Eliana Cargino. “As mulheres morrem de causas simples, como hemorragia pós-parto, doença hipertensiva específica da gravidez, infecção puerperal e aborto, que podem ser evitadas com medidas simples”, enfatiza a presidente do comitê estadual.

A mortalidade materna é um importante indicador da qualidade de vida e de saúde das mulheres e da população. Segundo o comitê estadual, o Paraná vem atuando para garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e o parto humanizado. A redução da mortalidade materna é considerada um assunto de vital importância relacionado aos direitos humanos. “As ações de saúde direcionadas para a mulher em seu período reprodutivo devem estar pautadas na qualidade da assistência prestada, com tecnologias apropriadas, simples e fáceis de ser colocadas em prática”, lembra o Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna.

De acordo com o comitê estadual, é possível evitar cerca de 80% das mortes e sinaliza que as consultas de pré-natal devem ser precoces, identificando fatores de risco. O comitê estadual também recomenda que os exames de rotina pré-natal sejam feitos em cada trimestre da gravidez.

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