Número de acidentes na RMC é maior que em 2003

Dados da Polícia Militar indicam que durante todo o ano passado foram registrados em Curitiba e nos 25 municípios da Região Metropolitana 31.505 acidentes de trânsito em vias públicas. Nos três primeiros meses deste ano, as ocorrências atingiram cerca de 18% do total de 2003. Porém, em algumas cidades, esse número é maior.

No município de São José dos Pinhais, no primeiro trimestre, foram 484 acidentes, contra 1.501 em 2003. Em Araucária, foram 471 acidentes em 2003, e 131 de janeiro a março de 2004. No mesmo período, em Pinhais, foram registrados 116 acidentes, contra 385 de todo o ano passado. Já em Colombo, foram 371 acidentes em 2003 e 112 nos três primeiros meses deste ano. Em Curitiba, foram 27.535 ocorrências em 2003, e 4.294 neste trimestre.

Na avaliação do diretor-geral do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), Marcelo Almeida, esses números continuarão crescendo se não houver uma ordenação nas cidades, aliada a investimentos de sinalização e engenharia de tráfego. Mas o problema maior, diz Almeida, é o grande número de analfabetos no País. Segundo ele, o Brasil tem 50 milhões de pessoas que não sabem ler direito, e mesmo assim conseguem tirar a carteira de habilitação. “Elas não sabem interpretar um texto, mas conseguem dirigir”, falou. Outro problema é o crescimento da motorização: “No ano que vem, a indústria automobilística vai fabricar 2,5 milhões de veículos”.

Dos acidentes de Curitiba, fala o diretor, 85% têm como conseqüências danos materiais. Já em 14% ocorrem danos materiais com alguma lesão, e em 1% há morte do condutor ou passageiro. E é esse índice que mais preocupa: “Temos que reduzir esse 1%”, ressaltou. Ele lembra que o Detran está promovendo uma série de iniciativas, dentro do programa Mutirão pela Vida, para conscientizar e prevenir as ocorrências no trânsito.

Crianças

Entre as ações do programa estão campanhas educativas com as crianças. Elas têm o papel de repassar e cobrar dos adultos um comportamento melhor no trânsito. “O puxão de orelha do filho tem mais impacto no motorista que uma multa de trânsito”, compara. Almeida diz que a iniciativa já vem apresentando alguns resultados, como maior conscientização dos motoristas sobre o uso do cinto de segurança. “Mas o resultado mesmo só irá aparecer daqui a alguns anos, quando essas crianças estiverem dirigindo nas ruas”, conclui o diretor.

Voltar ao topo