Novo terminal tem os velhos problemas na RMC

Inaugurado há cerca de dois anos, o novo terminal de ônibus de Fazenda Rio Grande ainda não acabou com todos os problemas que os passageiros enfrentam diariamente. Eles reclamam do movimento nos horários de pico, demora no intervalo entre os ônibus e superlotação dos veículos.

Nos bairros, a procura pelos ônibus é grande, assim como a demora de algumas linhas. “Fica bem cheio porque o bairro é grande. Pego a linha Nações I, que passa por dois bairros e quanto mais para, mais demora”, conta a diarista Maria Helena Carminat, 54. Para o marido dela, o encanador Moacir Carminat, 55, a situação complica quando o destino é Curitiba. “Levo quatro horas pra ir pro trabalho e mais quatro pra voltar”, diz ele, que depende das condições da BR-116 para chegar rápido em casa. A expectativa para que a duplicação da rodovia acabe com o problema é grande.

Atenta às condições dos veículos, a cuidadora de idosos Maria Aparecida Martins da Silva, 53, acredita que uma viagem a mais antes do Ligeirinho Curitiba-Fazenda Rio Grande ser recolhido na garagem poderia minimizar a lotação. “Ele para pra recolher e ficamos 40 minutos esperando o próximo, ao invés de recolher aqui na Fazenda. Ele sai daqui cheio e volta vazio, sem trazer ninguém”, afirma, sugerindo que o ponto final seja em Fazenda Rio Grande.

E o estresse não é exclusividade dos passageiros. Um motorista, que não quis revelar seu nome, conta que também é afetado com a situação. “É a correria no trânsito, a preocupação com o horário. De manhã o ônibus é bem mais cheio”, relata.