Piquete marcou ontem o início de mais uma paralisação dos funcionários do Hospital Evangélico. Debaixo de chuva, cerca de 30 manifestantes bloquearam o trecho da Alameda Augusto Stellfeld que dá acesso ao hospital para protestar contra o atraso no pagamento dos salários. Eles representam 2,2 mil trabalhadores dos setores de enfermagem, lavanderia e higiene da instituição e só devem voltar ao trabalho depois que receberem. Uma nova manifestação está marcada para a manhã de hoje.

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O pagamento previsto para o dia 6 ainda não foi creditado. “Temos que fazer manifestações a cada 15 dias. Não recebemos os salários nem auxílio alimentação. Além disso, o pagamento de férias só é feito na volta do trabalhador e não há depósito do FGTS”, reclamou a diretora do departamento jurídico do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), Roseli Struzike. A última manifestação dos funcionários contra atrasos salariais aconteceu no dia 28 de junho.

A previsão é que o recurso esteja disponível na conta do hospital amanhã. A assessoria de imprensa do Hospital Evangélico informou que depende do repasse de verbas da prefeitura para destinar o dinheiro à folha de pagamento. O recurso que a prefeitura repassa aos hospitais que fazem atendimento pelo SUS é do Ministério da Saúde, que, de acordo com o superintendente de gestão da prefeitura, Matheus Chomatas, atrasou o pagamento por conta da greve dos servidores federais. O último repasse aconteceu na sexta-feira passada. “Os outros hospitais conseguiram fazer o pagamento mesmo com o atraso no repasse, mas o Hospital Evangélico está com dificuldades e não tem capital de giro próprio. O pagamento é feito na mesma data para todos os hospitais”, explicou.

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