O Ministério Público (MP) do Paraná ganhou ontem sua primeira sede própria. A partir de agora os órgãos superiores do MP e setores ligados à administração que funcionavam em prédios espalhados pela capital irão se concentrar em um mesmo local, proporcionando mais agilidade ao trabalho. Para a procuradora-geral de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, o prédio representa também a autonomia da entidade.
A sede do MP fica no Edifício Affonso Alves de Camargo, que anteriormente abrigava alguns setores de secretarias de Estado, no Centro Cívico. Segundo o secretário estadual de Obras Públicas, Luiz Dernizo Caron, na reforma do prédio, construído na década de 1970, foram gastos R$ 7 milhões, recursos do próprio MP. As obras consistiram de troca de equipamento hidráulico, elétrico e readequação das salas às necessidades da entidade.
A procuradora-geral destacou que vão ser eliminados os inconvenientes da distribuição dos trabalhos para os diversos setores espalhados pela capital. Até então, o Tribunal de Justiça (TJ) encaminhava os processos para a procuradoria-geral do MP instalada no mesmo prédio do TJ. A partir daí, os documentos seguiam para os gabinetes dos procuradores que ficavam em outro ponto da cidade. A partir de agora, toda atividade vai ficar concentrada, economizando tempo e dinheiro que anteriormente era gasto com os constantes deslocamentos de funcionários e veículos.
Na ocasião, o governador Roberto Requião elogiou a atuação do MP no Paraná e aproveitou para criticar a atividade dos bingos e também a plantação de alimentos transgênicos.
A sede própria do MP possui área de 7.600 metros quadrados, vai abrigar o gabinete da Procuradoria Geral de Justiça, as subprocuradorias gerais, a Corregedoria Geral do MP, 74 gabinetes de procuradores de Justiça, os departamentos Judiciário, Administrativo, de Recursos Humanos, de Planejamento e Financeiro, além da biblioteca e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional.
O nome da sede administrativa vai ser Jerônimo de Albuquerque Maranhão, em homenagem ao ex-procurador-geral de Justiça, que ocupou o cargo em 1985 a 1989, época em que o MP teve suas atribuições ampliadas pela Constituição de 1988.
O MP também está caminhando para obter sua sede própria em Londrina. Ontem, a procuradora-geral, o governador e o secretário estadual de Obras assinaram a ordem de serviço para a construção da primeira parte da obra, que vai abrigar inicialmente os gabinetes de procuradores e alguns setores do MP. Na primeira etapa serão investidos 650 mil.