Novo horário mexe com rotina de curitibanos

Sonolência e cansaço. Essas foram as sensações vividas por muitas pessoas no primeiro dia útil do horário de verão. Acordar mais cedo não foi fácil, mas não houve outra alternativa a não ser bocejar durante o resto do dia.

?Meu marido foi atrasado hoje para o trabalho. Ele costuma sair de casa às 6h. Como ainda estava escuro, acabou se atrasando. Como eu não trabalho fora, para mim foi tranqüilo?, relata a dona-de-casa Jurema dos Anjos Lima. Para ela, o horário de verão é uma questão de costume. ?Eu gosto muito. O dia rende muito mais. Apesar de ter que acordar mais cedo, quando chega em casa, no final da tarde, ainda está claro. Assim, tem mais tempo para fazer as coisas de casa?, explica.

A operadora de caixa Vanda Pereira dos Santos também gosta muito do horário de verão, mas sofreu ontem ao acordar ?uma hora mais cedo?. ?A gente fica com muito mais sono pela manhã e dá aquela sensação de cansaço. Mas a gente se acostuma rápido?, garante. A secretária Zelaide Ferreira não gostou de ter que acordar mais cedo. ?Estou indo trabalhar com muito sono. Com certeza o meu dia vai ser bem sonolento. Eu detesto o horário de verão. O problema é acordar cedo mesmo. Quando a gente se acostuma, já tem que voltar para o horário antigo?, avalia.

Para o motorista Antônio Aparecido dos Santos, o começo do horário de verão foi tranqüilo. ?Para não sofrer ao acordar, é só ir dormir mais cedo. Eu gosto muito do horário de verão.?

Energia

A economia gerada durante o horário de verão é insignificativa para o consumidor residencial. Por isso, muita gente reclama que a conta de energia elétrica não abaixa durante esse período. O que realmente muda é a distribuição do consumo. ?O horário de verão é instituído para aproveitar a luminosidade natural dessa época. Esse adiantamento artificial faz com que o consumo se comporte diferente. A curva de carga do consumo fica reduzida no horário de pico?, explica Christina Courtouke, engenheira de operação do sistema elétrico da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

De acordo com ela, a redução da demanda de energia no horário de pico (entre as 19h e 22h, no horário de verão) vai chegar a 6%. ?O sistema elétrico fica mais folgado. A demanda é melhor distribuída. A economia de energia – que neste ano está prevista para 5% – não é o mais importante durante o horário de verão. Ela ocorre porque o tempo de luminosidade é maior.?

Para as companhias elétricas, o horário de verão significa alívio no sistema. Alguns equipamentos trabalham no limite durante o horário normal. No verão, isto não acontece por causa da distribuição do consumo. O horário de verão vai até o dia 24 de fevereiro.

Voltar ao topo