Nova opção contra o analfabetismo

Dados do Censo de 2000 mostravam que a cidade tinha 40 mil analfabetos com idade superior a 15 anos. Mas a coordenadora do Programa Aprender da Secretaria Municipal de Educação, Elizabeth Batista Ramos, avalia que hoje este número deve ser menor. Para tentar melhorar a situação, o programa federal Brasil Alfabetizado, cuja inscrição termina na próxima segunda-feira, é uma opção. No entanto, em Curitiba, as pessoas adultas têm mais duas opções para aprender a ler e escrever e podem se matricular em qualquer época do ano em um dos projetos desenvolvidos pela Prefeitura.

O projeto do governo federal não atraiu muitos participantes na capital. Apenas trezentas fizeram inscrição para participar. Elizabeth explica que isso ocorre porque muitos adultos não sentem a necessidade de voltar a freqüentar a escola. “Em parte, são pessoas aposentadas que já criaram seus filhos. Para acabar com o analfabetismo é necessário também uma vontade interior”, ressalta. No programa do governo federal os voluntários são capacitados e recebem uma bolsa-auxílio de R$ 120, mais R$ 7 por aluno. As aulas são ministrados em escolas e locais alternativos.

Tirando os alunos que se matricularam no Brasil Alfabetizado, a Prefeitura mantém duas frentes de combate ao analfabetismo. Há 15 anos, as escolas municipais oferecem o ensino de 1.ª a 4.ª séries no período noturno. Este ano seis mil alunos estão matriculados em mais de cem escolas. Os estudantes fazem um teste classificatório e entram em um nível compatível com as suas dificuldades.

Há quatro anos começou outro projeto que atende os adultos fora da escola. Voluntários recebem capacitação da secretaria e dão aulas em espaços alternativos como associação de moradores, postos de saúde e até em fábricas. Elizabeth explica que eles criaram essa modalidade de ensino, porque muitos adultos não se sentiam à vontade em voltar depois de muitos anos para a escola. Além disso, as aulas são ministradas de acordo com o tempo disponível dos estudantes e dos educadores. Hoje são 900 alunos atendidos pelo projeto. “Mesmo terminando as inscrições para o programa federal, as pessoas podem procurar, a qualquer época do ano, um dos programas e se matricular”, destaca.

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