Os médicos do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram ontem em assembleia voltar às atividades a partir de hoje. Apesar do retorno ao trabalho, a categoria afirma que o estado de greve continua e se não houver avanços na revisão da Medida Provisória 568/11 uma nova paralisação vai ocorrer. “Decidimos encerrar a greve, mas vamos ficar em cima do governo para ver se os pontos críticos da MP serão revisados. Caso não haja nenhum tipo de movimentação por parte do governo federal em relação às mudanças, vamos voltar à paralisação”, diz Eduardo Lourenço, médico do HC integrante da comissão de negociação. Os médicos se e reúnem novamente na próxima quarta-feira (6) para aprovar a adesão à paralisação dos servidores técnico-administrativos do HC, que inicia no dia 11. Além disso, será debatido também o andamento da revisão da MP 568 por parte do governo federal.

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Segundo a direção do HC, durante os quatro dias de paralisação só 36 cirurgias eletivas foram realizadas. A média diária é de 40 procedimentos. Cerca de 4 mil consultas foram desmarcadas. O HC divulgou números de telefone para reagendamento (veja quadro). Apesar disso, no período de greve o pronto-atendimento, emergência e urgência atenderam os casos mais graves e o atendimento seguiu normalmente para os pacientes que já estavam internados em tratamento de quimioterapia e pediátrico.

Técnicos

A partir de segunda-feira (4) os 1.098 técnicos da Funpar (Fundação da UFPR) no HC entram em greve, afetando serviços em várias áreas, como portaria, manutenção e laboratórios. E a partir de 11 de junho, servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) cruzam os braços. A paralisação foi confirmada ontem em assembleia. Os trabalhadores exigem um reajuste salarial de 22,22% e a reestruturação dos planos de carreira. Caso a greve se confirme, os serviços de atendimento dos restaurantes universitários, laboratórios e bibliotecas ficarão prejudicados.

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De acordo com Márcio Palmares, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR), além do reajuste dos salários, a classe ainda exige a implementação de um período para a negociação coletiva. “Sempre é um sufoco para iniciar as negociações com o governo federal. Precisamos desse período de conversas coletivas”, diz.