No dia Nacional do Homem, MS orienta prevenção

Pouca gente sabe, mas ontem foi comemorado o Dia Nacional do Homem. A data foi criada pelo Ministério da Saúde para conscientizar os homens a tomarem algumas medidas preventivas, visando diminuir a mortalidade masculina. Segundo dados do ministério, os homens vivem 7,6 anos a menos que as mulheres. Além disso, a cada três mortes de adultos, na faixa entre 20 e 59 anos, dois são homens.

O coordenador estadual de política de saúde do homem, Rubens Bendlin, é responsável pela implantação da Política Nacional de Saúde do Homem (PNSH) no Paraná e considera o Dia do Homem uma data importante, especialmente pelo aspecto da prevenção. “Dentre as principais causas de morte do homem, estão as chamadas causas externas – violência, agressões, homicídios, violência no trânsito – e, em segundo lugar, estão os agravos ligados ao coração – risco de doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC), diabete, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas decorrentes do estresse, tabagismo, uso de álcool e outras drogas. Os números de acidentes de trabalho também são alarmantes entre os homens”, alerta.

Segundo Bendlin, a PNSH visa mostrar que muitos desses problemas poderiam ser evitados através da adoção de hábitos de vida mais saudáveis, de um comportamento social mais equilibrado e da disciplina na rotina de consultas médicas e exercícios físicos. O personal trainer Tiago Carvalho confirma os benefícios da prática e conta que a maioria dos seus alunos homens com mais de 65 anos não está preocupada com a aparência, mas com a saúde. “O importante é não esperar demais para começar a se cuidar”, reforça.

Alta mortalidade também dificulta relacionamentos

A disparidade entre o número de homens e mulheres, decorrente do maior índice de mortalidade masculina, preocupa também a proprietária da agência de relacionamentos Par Ideal, Sheila Rigler. Na agência, 40% dos clientes são do sexo masculino, contra 60% do feminino. “A agência é um reflexo da realidade. Os homens morrem antes que as mulheres”, comenta. Segundo Sheila, a disparidade não tem idade. “Nascem 105 homens para cada 100 mulheres. No primeiro ano de vida, o índice de mortalidade de bebês do sexo masculino é maior. A partir dos 16 anos, tem a maior exposição aos riscos. Depois vêm os problemas com saúde. Daqui a pouco eles entram em extinção”, brinca. “As mulheres poderiam aproveitar o Dia Nacional do Homem para marcar um check-up de presente para eles, que relutam, mas sempre acabam indo”.

Paraná é o primeiro estado a implantar política nacional

O coordenador estadual de política de saúde do homem, Rubens Bendlin, conta que o Paraná é precursor na implantação da Política Nacional de Saúde do Homem (PNSH), que vai completar três anos no dia 27 de agosto. “Já temos três leis ligadas à saúde do homem e somos o primeiro e único Estado a implantar essa política”, conta. Segundo Bendlin, aqui foram criados projetos como: o Dia do Câncer de Próstata (6 de dezembro), a Semana de Prevenção à Saúde do Homem (20 de novembro) e o Agosto Azul, que será lançado no dia 6 de agosto, a exemplo do Outubro Rosa, comemorado internacionalmente em prol da saúde das mulheres. “Será o primeiro Agosto Azul do Paraná, quando serão realizadas várias atividades em todo o interior, audiências públicas, debates, oficinas, caminhada na véspera do Dia dos Pais, feiras de saúde. Queremos fazer um trabalho profundo de conscientização durante todo o mês de agosto, envolvendo vários setores da sociedade”, anuncia.

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