Mobilidade

Não faltam táxis em Curitiba, segundo categoria

Boa parte dos taxistas permissionários de Curitiba não concorda que esteja faltando táxi na cidade. Eles atribuem a demora no atendimento ao trânsito e reclamam da segurança na capital. As declarações foram prestadas durante reunião promovida pela Comissão Especial dos Táxis, na Câmara Municipal, na tarde desta quinta-feira (29).

“A comissão vai recolher as informações de permissionários, colaboradores, Urbs, empresas e sindicatos. Depois vamos fechar uma concepção moderna de legislação, também analisando leis de outras cidades”, disse o presidente da comissão, vereador Jair Cézar (PSDB). Além dele, fazem parte do grupo os vereadores Tito Zeglin (PDT), Algaci Tulio (PMDB), Julieta Reis (DEM), Denilson Pires (DEM), Dona Lourdes (PSB), Serginho do Posto (PSDB), Francisco Garcez (PSDB) e Juliano Borghetti (PP).

O gestor de Táxis e Transporte Comercial da Urbs, José Carlos Gomes Filho, esteve na reunião e esclareceu dúvidas dos presentes. Diversas sugestões, como conceder somente uma placa por RG, fazer lista de espera para receber permissão e instalar telefone nos pontos de táxi foram dadas na reunião.

Foi levantada a polêmica do aumento dos veículos na cidade. Muitos taxistas acreditam que não seria necessário conceder mais permissões. “Curitiba tem concorrentes diretos, como a linha de turismo, ônibus para aeroporto, ônibus inter-hospitais”, afirma o taxista Welington Vendramini

Pontos livres

Outro assunto que deverá ser estudado pela comissão é quanto à distribuição dos táxis. Segundo a vereadora Julieta Reis, se os pontos forem livres, sem taxistas fixos, muitos vão querer se concentrar só no centro, desassistindo os bairros.

Radiotáxis

Também foi debatido o custo para se associar a uma radiotáxi. Valdomiro Chalos, que é taxista e presidente de uma radiotáxi, disse que a manutenção é alta. Segundo ele, cada associado desembolsa, por mês, uma média de R$ 600 para a manutenção do serviço. Outros permissionários falaram sobre o custo de ser associado, mas concordaram que o número de corridas aumenta significativamente ao fazer parte de uma radiotáxi.

Ele reclamou também da falta de segurança para os taxistas. “O principal problema é a insegurança. Muitos taxistas são assaltados, mutilados e mortos no exercício da profissão”, lamentou.

A próxima reunião da comissão aberta ao público será no dia 13 de outubro. Serão convidados para falar os colaboradores, que são os taxistas que não possuem a permissão e que dividem o turno com os taxistas permissionários.