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Palminor quer encontrar os
donos dos objetos perdidos.

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Pelo menos uma vez por semana alguém esquece algum objeto nas dependências do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. É tanta coisa perdida que a direção resolveu criar um setor de achados e perdidos para facilitar a devolução. Entre os objetos estão as tradicionais sombrinhas, relógios, chaves de carro, roupas e documentos. Mas o que tem chamado mesmo a atenção é uma máquina fotográfica digital com fotos de uma viagem à África.

O museu abriu efetivamente as portas em julho de 2003. Por mês chega a receber a visita de até 10 mil pessoas, sendo natural que alguém esqueça alguma coisa. Ao final do expediente a equipe de segurança faz uma varredura no local e ao se deparar com algum objeto recolhe para que seja devolvido.

Hoje existem cerca de 50 deles esperando pelo dono. Entre as roupas, os mais curiosos são uma calça, uma saia jeans e um par de tamancos de fandango. Mas existe explicação para isto. O museu abriga também um teatro e boa parte das roupas são esquecidas nos camarins. Há ainda uniformes escolares, bonés, um sobretudo e uma luva de lã.

Os dois objetos de maior valor são uma máquina fotográfica digital e uma frente de toca CD, com caixa. O chefe da segurança, Palminor Rodrigues Ferreira Júnior, explica que eles gostariam de encontrar o dono de todos os objetos. ?No caso da máquina há fotografias que parecem ser de núpcias na savana africana. Além do valor material há o valor afetivo?, comenta.

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Também foram encontradas no museu várias chaves de carro. ?Ainda não sabemos como as pessoas foram embora?, comenta Palminor. Além disto, há vários acessórios como pulseiras, anéis, presilhas, relógios e pente para cabelo.

Um dos locais onde mais se encontram os objetos é o pátio de estar da sala das esculturas. Lá existem poltronas e as pessoas ficam mais relaxadas, esquecendo os seus pertences. O setor educativo é outro. As pessoas costumam tirar anéis, relógios e outros acessórios para participarem das oficinas.

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A direção vai guardar durante seis meses os objetos de menor valor, se os donos não aparecerem serão doados para instituições carentes. Para reavê-los basta as pessoas descreverem as suas características. Já os de maior valor devem ficar guardados por um tempo maior, o prazo para a doação ainda não foi definido. Quem quiser conferir se é dono de algum objeto pode entrar no site www.mon.org.br