Multifeira do Ciesc atrai milhares de visitantes

Milhares de pais e alunos visitaram ontem a 2.ª Multifeira do Centro Integrado de Educação Sagrado Coração (Ciesc), em Curitiba. O evento prossegue hoje, das 10h à 18h, no Marumby Expo Center. A estimativa é reunir entre ontem e hoje mais de 30 mil pessoas – público alcançado na primeira edição, há dois anos.

Ao todo, são 107 projetos em exposição, incluindo desde trabalhos como o de esportes radicais e musculação, até como o do bicho da seda, adolescentes contra a violência, engenho no Brasil, produção de vinho, desenho animado, entre outros. “O objetivo principal é a integração da família Ciesc”, explica a irmã Neli Faccin, uma das coordenadoras do evento. “Também é uma oportunidade de o aluno ser colocado de frente a um público que ele desconhece. Aqui eles são mais autônomos, independentes, do que na sala de aula.”

Cerca de 5 mil alunos e quatrocentos professores estão participando da multifeira. Além das três unidades do Ciesc de Curitiba, estão participando ainda as duas do interior do Paraná – Nova Esperança e Ponta Grossa – e as três do Rio Grande do Sul -Bento Gonçalves, Porto Alegre e Nova Araçá. Ao todo, a rede conta com 8 mil alunos e seiscentos professores.

A freira lembra que, além da exposição dos trabalhos, há apresentação artística a cada quinze minutos, como o de desfile de moda, dança, coral e banda.

Bicho da seda

Um dos estandes mais concorridos ontem era o do bicho da seda, realizado pela unidade de Nova Esperança -município considerado a capital nacional dos casulos verdes, com cerca de oitocentos criadores. “Foi um trabalho extenso, de muita pesquisa, que durou de dois a três meses”, explicou a professora Liliane Estela, que coordenou o projeto. Segundo ela, além da pesquisa em livros, os alunos tiveram ainda a oportunidade de visitar os barracões, conhecer a fiação. “Foi um trabalho difícil, mas gratificante”, resumiu a professora. Dez alunos da quinta série da unidade de Nova Esperança vieram representando o colégio.

De Bento Gonçalves (RS), havia projetos sobre a fabricação do vinho e o engenho do Brasil. “A gente explica sobre como é feito o açúcar refinado e o mascavo, fala sobre as usinas atuais, o combate ao trabalho infantil, os bóias-frias e escravos”, resumiu Eduarda Batistela, da sexta série, referindo-se ao trabalho do engenho. Ela e o colega Giovanni Oro levaram 14 horas de ônibus para chegar a Curitiba, mas o esforço, contaram, está valendo a pena.

Já o tema do projeto dos alunos da terceira série de Ponta Grossa era reciclagem. Os anéis coloridos de latas de refrigerante viraram adereços de bonés, camisetas, capa de chuva e saia. “Com papel reciclado e o fundo de uma garrafa PET, a gente pode fazer uma tartaruga, por exemplo”, explicou o pequeno Felipe Antunes Dutra, de 9 anos. Já as alunas do segundo ano do Ensino Médio escolheram o tema adolescente versus violência. Com criatividade e muito trabalho, montaram maquetes demonstrando os locais onde se concentra a violência e a importância de se planejar uma cidade. “Em uma cidade não planejada a criminalidade é muito maior”, explicou a aluna Caroline Ecave, 16.

Serviço: A 2.ª Multifeira do Ciesc acontece hoje, das 10h às 18h, no Marumby Expo Center – Avenida Wenceslau Brás, 1046. Entrada: R$ 1,00 ou um quilo de alimento não perecível.

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