MST protesta no interior do Paraná

Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuaram com manifestações, ontem, apenas no interior do Estado. Eles protestaram em frente a nove agências do Banco do Brasil para reivindicar renegociações de dívidas e mantiveram uma vigília em frente à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Apucarana, mesmo depois de terem conseguido as cestas básicas que, segundo eles, estavam atrasadas há três meses. As manifestações acontecem durante toda a semana, em todo o País, por conta da Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina.

Ontem, representantes do MST se reuniram com dirigentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário na tentativa de negociar. Com relação às dívidas com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), as negociações ainda não avançaram, informou a direção do MST no Paraná. Já sobre questões pontuais em alguns estados, como a falta das cestas básicas no Paraná, os sem terra já conquistaram algumas vantagens. ?Conseguimos a garantia de assinatura de um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome que garantirá R$ 38 milhões para cestas básicas em acampamentos e assentamentos do Paraná?, informou Luiz Alonso Sales, da direção estadual do MST.

O movimento continua insatisfeito com relação à agilidade na reforma agrária. ?O governo federal está deixando muito a desejar. Não temos recursos para os novos assentamentos, está tudo parado?, disse Sales. Os sem terra também pedem ao governo federal a construção de agroindústrias e assistência técnica às famílias, que, segundo eles, foi suspensa. Segundo o Incra, há no Paraná cerca de 17 mil famílias assentadas e outros sete mil acampamentos.

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