MST e CPT vão à Justiça contra o PCR

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Terra de Direitos, nova entidade de defesa dos direitos humanos, entraram ontem com denúncia contra produtores rurais da região Centro-Oeste do Paraná, que afirmaram estar contratando seguranças armados para defender suas terras contra ocupações. A denúncia foi protocolada nos Ministérios Públicos Estadual e Federal, em Curitiba, e serão entregues hoje ao Ministério da Justiça, à Ouvidoria Agrária Nacional e à Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Segundo as entidades, algumas pessoas que estão acampadas às margens da rodovia que liga Palmital a Laranjal reclamaram ter sofrido constrangimentos por parte de “pistoleiros fortemente armados” que estavam em algumas fazendas. No dia 9, seguranças teriam obrigado os motoristas de carros da prefeitura a descerem e ameaçaram mulheres e crianças. As entidades também afirmam que seguranças de uma fazenda ficam dando tiros em volta do acampamento, localizado entre Nova Cantu e Roncador.

Ontem pela manhã, o presidente da Associação de Produtores Rurais de Laranjal e porta-voz da entidade chamada de Primeiro Comando Rural (PCR), Humberto Sá, disse que os fazendeiros aguardam resposta de uma carta enviada ao governo do Estado. Na carta, eles informam que os acampamentos dos sem-terra têm aumentado na região e apelam “por socorro no sentido de estabelecer ordem e segurança, a que temos direito, como cidadãos pacíficos e trabalhadores, mas agora sobressaltados diante desta ocorrência”.

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