O Ministério Público do Estado (MPE) instaurou procedimento administrativo para apurar as causas da disseminação da bactéria multirresistente Klebsiella spp, que já foi detectada em 16 pacientes que estavam no Hospital Universitário (HU) de Londrina. Outros cinco continuam sob suspeita de estarem colonizados com a bactéria.
Agora, HU, Secretaria Municipal de Saúde e a 17.ª Regional Estadual da Saúde vão ter que entregar documentação comprovando o que foi feito para impedir que a bactéria, verificada inicialmente em um paciente no fim de fevereiro, se espalhasse aos demais pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Até que a situação seja normalizada, UTI e pronto-socorro permanecem sem fazer novos atendimentos.
De acordo com o promotor de Defesa da Saúde Pública, Paulo Tavares, o procedimento é padrão para casos como este, em virtude da importância do serviço prestado à comunidade.
“Não é todo dia que um hospital do porte do HU interdita sua UTI e suspende atendimento no PS. Queremos saber quais as reais razões que levaram a direção do hospital a tomar essas providências e quais foram as medidas para combater o surto, inclusive preventivas”, explica.
Por enquanto, a infecção não se desenvolveu nos pacientes. Caso isso aconteça, podem apresentar infecção sanguínea, urinária ou ter pneumonia. A bactéria pode ainda levar à morte. Ontem, o antibiótico denominado tigeciclina começou a ser testado em um dos pacientes para combater a bactéria.