Morre sobrevivente da queda de avião na RMC

O quarto tripulante do bimotor que caiu com malotes de dinheiro, na noite de terça-feira, em Almirante Tamandaré, morreu na madrugada de ontem, no Hospital do Trabalhador. Vilmar Rodrigues, 43 anos, era vigilante e chegou a passar por uma cirurgia. O também vigilante Leandro Ferreira do Santos, 22, e os tripulantes Carlos Gilberto Mohr, 51, comandante do bimotor, e Leonardo Uchoa Lessa Azevedo, 31, morreram na hora. Carlos era de Jaraguá do Sul (SC) e primo do senador Paulo Bauer. Leonardo era de Alagoas.

O bimotor pertencia à Hercules Taxi Aéreo, contratada pela empresa de segurança Brinks, e decolou de Dourados (MS), carregado com R$ 5,5 milhões, com destino ao aeroporto do Bacacheri. O piloto chegou a pedir permissão para pouso, mas desapareceu do radar da Infraero e, por volta das 17h30, caiu na zona rural de Almirante Tamandaré.

Parte do dinheiro, espalhado ao redor do avião, foi saqueada, de acordo com o delegado Hamilton da Paz, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). “Recuperamos parte da carga, que estava com populares”, disse o delegado.

Causa

De acordo como o major-aviador Marcos Antônio dos Santos, do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cidacta 2), há sinais de que o piloto tentou fazer um pouso de emergência perto de uma estrada rural. O avião, porém, teria se chocado na copa de uma árvore e caiu de bico. O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) tem até três meses para expedir o laudo sobre as causas do acidente. O setor jurídico da Brinks não se manifestou sobre o assunto, devido à política internacional da empresa.

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