Morre aos 83 anos o presidente do Grupo RPC

Morreu na tarde de ontem, aos 83 anos, o empresário e diretor-presidente da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), Edmundo Lemanski. Ele foi sócio de Francisco Cunha Pereira, com quem comprou a Gazeta do Povo em 1962. Lemanski lutava contra um câncer. O empresário será sepultado hoje, às 17h, no Cemitério Parque Iguaçu, em Curitiba.

Nascido em Porto Alegre, em 2 de outubro de 1926, Lemanski chegou a Curitiba aos 20 anos, quando cursou Direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde conheceu Cunha Pereira Filho. Durante 47 anos, Lemanski ficou responsável pelo planejamento estratégico dos veículos de comunicação do grupo, sempre com o objetivo de antever problemas.

Ainda ontem, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, decretou luto oficial de três dias pela morte do empresário. “Lamentamos muito a perda de uma pessoa que sempre acreditou no desenvolvimento de Curitiba e do Paraná, contribuindo de forma significativa para este desenvolvimento”, disse Ducci.

Em nota, a vice-presidente da RPC, Ana Amélia Filizola Cunha Pereira, ressaltou que Lemanski foi um empresário de grande visão e teve papel fundamental na implantação e consolidação da Rede. “Não consigo dissociar a pessoa do líder empresarial Edmundo Lemanski do grande amigo e sócio de meu pai (Francisco)”, disse. Ana Amélia também lembrou do excelente relacionamento de mais de 40 anos entre Lemanski e Cunha Pereira.

O também vice-presidente da RPC, Guilherme Doring Cunha Pereira, informou que todo o grupo RPC lamenta a perda de seu diretor-presidente. “Sem dúvida, seu papel foi decisivo para o crescimento da Gazeta do Povo e a implantação da Rede Paranaense de Comunicação”, disse.

Quem também lamentou a morte de Lemanski foi o ex-governador do Paraná, Paulo Cruz Pimentel, que exaltou a luta do empresário pela autonomia dos veículos de comunicação no Estado. “Lemanski foi um companheiro que conheci bem na luta que nós da imprensa travamos durante o período da ditadura militar. Mais do que um grande empresário, ele foi um grande lutador pela liberdade de imprensa”, disse.

Para Pimentel, que preside a Editora O Estado do Paraná, a figura de Lemanski deixará uma lacuna na comunicação do Paraná. “Trata-se de um trabalhador de primeiro nível, que vai fazer muita falta. É um companheiro que se vai, mas que ainda poderia produzir muito”.

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