Moradores reclamam da Linha Verde

As obras da Linha Verde, em Curitiba, devem terminar em meados do ano que vem, facilitando a vida de quem precisa se deslocar entre os bairros Pinheirinho e Jardim Botânico. Mas moradores e comerciantes reclamam dos transtornos atuais. Há dificuldade para sair de casa e as lojas tiveram o movimento reduzido a mais da metade. Reclamam que estão há cinco meses nessa situação.

O policial militar Silmar Cardoso mora na Rua Professor João Soares Barcelos, que termina na Linha Verde, na Vila Hauer, e disse que ontem ficou duas horas preso em casa, sem poder sair com o seu carro. Um dos lados da via estava fechado com blocos de concreto e o outro todo esburacado porque a empresa havia acabado de tirar o asfalto. ?Conversamos na última quinta-feira e eles garantiram que não iam cercear o nosso direito de ir e vir. Mas isso não aconteceu. A única via parecia uma pista de cross?, disse.

Mas a reclamação não é só dos moradores. Os comerciantes afirmam que os prejuízos acumulados em cinco meses de obras são grandes. Eliana Souza Conesa, proprietária de uma loja de pneus e uma oficina mecânica, fala que o movimento caiu pela metade. ?Já dispensei dois mecânicos porque não tinha trabalho?.

Mariangela Dotti vende roupas e comenta que em seu estabelecimento o movimento caiu 80%. ?As pessoas não têm como chegar. É pó para todo lado. Hoje cedo me bateu o desespero e me deu vontade de chorar. Hoje é dia 5 e não tenho dinheiro para pagar o aluguel?, reclamou. Para os comerciantes, a obra deveria estar num ritmo mais acelerado ou então ter sido feita quadra a quadra.

Segundo informações da Prefeitura, a obra não pôde ser feita em partes porque foi construído no local uma galeria de 500 metros de extensão para escoar a água da chuva. A região costumava ter alagamentos e a água também ficava parada sobre a pista. Além disso, os moradores sempre são avisados quando a entrada das casas será fechada para que retirem os carros da garagem pela manhã e, à noite, é criado um acesso para guardar o veículo na residência. Quando não é possível, a empreiteira cuida do carro. Em relação aos comerciantes, é necessário ter paciência. Segundo a Prefeitura, as obras estão sendo aceleradas para terminar o mais rápido possível.

Mudança

Desde ontem, três ruas no bairro Campina do Siqueira passaram a ter sentido único: Ângela Ganz, José Scussiato e Álvaro Alvin. Eles formam um anel de acesso à Rua Vicente Machado. Com o fim da mão-dupla, serão eliminadas as conversões à esquerda melhorando o tráfego. 

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