Moradores irritados com obra em prédio

As obras no Edifício Castelo Branco, no Centro Cívico, estão gerando reclamações por parte dos moradores da região. A atual estrutura do edifício, que antes abrigava a Secretaria de Estado de Administração, a Procuradoria Geral do Estado, uma agência do Banco Banestado e outros órgãos do governo, vai se reformada e dará lugar ao Museu de Arte do Paraná. Segundo o secretário de Assuntos Estratégicos, Alex Beltrão, a previsão é de que as obras sejam concluídas até novembro.

O Estado conversou com alguns comerciantes locais, que se mostraram insatisfeitos com o andamento da obra. Adelino Barreto Melão, que trabalha em uma papelaria ao lado do Edifício, diz que o trabalho está sendo mal conduzido. “Tem muito lixo. Onde tinha árvores agora tem entulho”, conta.

“Cortaram umas árvores muito antigas. Isso podia ser evitado”, diz João Francisco de Souza Raposo, proprietário de uma lanchonete próxima à papelaria. Segundo ele, os moradores da localidade estão organizando um abaixo-assinado para reclamar das obras. “Parece que também querem abrir uma rua cortando o bosque. O pessoal não quer que isso aconteça.”

Segundo o secretário estadual de Assuntos Estratégicos, Alex Beltrão, responsável pelo gerenciamento da obra, a estrutura projetada para o museu justifica a intervenção no local. “Um prédio anexo ao Castelo Branco também está sendo construído.” A nova instalação seria necessária para completar o projeto original feito pelo arquiteto Oscar Niemeyer. No entanto, Beltrão nega a abertura de uma rua atrás do edifício. “Desconheço essa informação. A mata será preservada.”

Prejuízo

Com a saída das secretarias, o comércio próximo ao Castelo Branco também foi prejudicado. Raposo afirma que não há mais movimento ao meio-dia. “Não sirvo mais almoço. Não tem cliente”.

Fernanda Martins Barreto, que trabalha com Adelino na papelaria, diz que a principal fonte de renda dos comerciantes locais foi perdida. “Chegávamos a tirar quatro mil cópias por dia. Agora não tiramos duzentas. Desse jeito vai ser complicado continuar”. (Guilherme Voitch)

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