Cansados da violência

Moradores do Capão da Imbuia se unem contra a bandidagem

Em busca de tranquilidade e segurança, moradores do Capão da Imbuia decidiram tomar providência emergencial para coibir a ação de assaltantes de residências. A ação, denominada “Vizinho de Olho”, será colocada em prática no sábado e foi idealizada por 25 moradores da Rua Roberto Cichon, paralela à Benedito Guil e Antônio Olívio Rodrigues.

Uma moradora, que não quis se identificar, apresentou a sugestão em assembleias do Conselho Comunitário de Segurança do Capão da Imbuia (Conseg) e a medida foi prontamente aprovada. Os responsáveis pelas 25 casas da rua receberão um controle e, no momento da invasão na casa ou qualquer outro delito esteja acontecendo na rua, as três sirenes espalhadas no local serão acionadas. A partir daí, os moradores poderão chamar a Polícia Militar para atender a ocorrência.

“Tivemos a adesão total dos moradores da quadra. A ideia é um vizinho cuidar da casa do outro. Qualquer assaltante que tentar invadir alguma casa e se deparar com o barulho e a manifestação dos moradores, vai sair correndo. Todas as casas terão placa identificando o “Vizinho de Olho” na nossa rua”, conta.

Migração

Para ela, dois motivos levaram os assaltantes a agir com mais frequência na região. Na continuação da rua há obras para construção da trincheira e, principalmente quando operários vão embora, o local vira ponto de usuários de drogas e é usado até para a prática de sexo. Segundo a moradora, a instalação da Unidade Paraná Seguro (UPS) na Vila Trindade fez com que muitos assaltantes e usuários de drogas migrassem para a região do Capão da Imbuia.

 

Projeto deve ser ampliado

O Conseg informa que outras ruas do bairro também deverão receber o “Vizinho de Olho”. “Quando apresentado, o projeto foi aprovado prontamente e a ideia é padronizar essa medida em diversas ruas do bairro. Com isso, com certeza conseguiremos pouco mais de tranquilidade entre os moradores”, aponta o vice-tesoureiro do Conseg, Sidney Caran.

O delegado da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Luiz Carlos de Oliveira, participou das reuniões com os moradores e apoia a medida: “Acho que a sociedade organizada traz benefício maior para a segurança. Eu acho a medida interessante, pois vai mobilizar grupo de pessoas, procurando somar junto com as nossas ações para o combate a esses criminosos”.