Moradores contra mudança de feira na capital

Alguns moradores da Rua Acyr Guimarães, no bairro Água Verde, em Curitiba, estão reclamando da mudança da feira gastronômica do Batel para o local. A feira, alterada de local em função da abertura da Praça do Batel, vai acontecer nesta rua (entre as Ruas Bruno Filgueira e Silva Jardim), aos sábados, entre 12h e 22h – a partir de amanhã. A quadra que será usada pelos feirantes tem um prédio com 69 apartamentos, quatro clínicas médicas e uma residência. Os moradores alegam que não foram comunicados pela Prefeitura e temem tumulto na região.

?Como eles podem colocar uma feira na frente de um prédio com 69 apartamentos sem sequer nos comunicar? Aqui nós temos só uma vaga de garagem por morador. Muitos deixam os carros na frente do prédio porque temos segurança. Nós pagamos impostos e por isso temos direitos?, reclama a corretora imobiliária Marina Moreira. ?Por que (a Prefeitura) não faz na Praça do Japão??

Segundo Marina, a grande maioria dos moradores do prédio não concorda com a feira e promete tentar impedir que as barracas sejam montadas amanhã. A garagem do prédio não sofrerá alterações, porque a entrada é pela Avenida Silva Jardim. Mas a moradora Rosangela Merhy lembra que a rua já tem problemas com ratos e, com a feira, pode piorar, já que os feirantes trabalham com comida. A moradora da casa que fica quase na esquina da rua, Ilda Macedo, afirmou que está esperando para ver como vai ficar sua entrada. Ela diz que não vai aceitar que a passagem de carro seja interrompida.

Célia Maria Machado, gerente de uma das clínicas médicas da rua, que não funciona aos sábados, afirma que os 12 médicos estão satisfeitos com a feira porque vai atrair mais movimento para o local. ?Quem passa aqui vai conhecer a clínica. E sábado não tem movimento nenhum aqui?, comenta.

Prefeitura

O diretor de abastecimento da Secretaria Municipal de Abastecimento, Luiz Gusi, explica que são usados critérios técnicos para a escolha dos locais das feiras, como o menor número de guias rebaixadas, o fluxo de trânsito da rua e a largura da via, entre outros. Segundo ele, os técnicos da Prefeitura rodaram os bairros Batel e Água Verde inteiros em busca do melhor lugar.

?Se consultarmos os moradores, não colocamos a feira em lugar nenhum. E foi escolhido o local que oferece menor impacto. E sempre respeitamos as saídas?, destaca. Gusi salienta que há limpeza pública depois da feira, regras para controle do som e que as barracas não podem ficar nas calçadas. ?A Prefeitura não vai instalar um equipamento público que fira os direitos dos cidadãos?, reforça.

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