É difícil imaginar, mas no último domingo a moradora do distrito de Içara, em Astorga, no noroeste do Paraná, Maria Olívia da Silva, completou 130 anos de idade.

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No momento ela está um pouco debilitada, não consegue ficar em pé sozinha e passa os dias deitada. Porém, tirando o câncer de pele no rosto, Maria Olívia – que trabalhou a vida inteira na roça – não tem qualquer outra doença.

“Acho que deve ter algum mistério. Talvez ela ainda não tenha realizado tudo por aqui”, comenta o filho adotivo de 58 anos, Aparecido Honório da Silva, sobre o tempo de vida de sua mãe.

Ele é o único dos 14 irmãos que mora com Maria e apenas ele e mais dois (que vivem em outras cidades do interior do Paraná) são vivos. Segundo ele, Maria sempre se alimentou normalmente, comendo de tudo um pouco, e ainda fumou por quase 90 anos.

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“Hoje ela sente umas dores por causa de um tombo e tem o câncer”, disse o filho. Maria casou-se duas vezes. Seu segundo marido (do primeiro ela se separou muito cedo, com apenas 14 anos, pois teve o primeiro filho com 12) morreu com 83 anos de idade.

Maria nasceu em Varsóvia, na Polônia. Com três anos de idade veio para o Brasil, morou em Minas Gerais, até chegar no Paraná. No domingo, teve festa para comemorar tantos anos de vida. E Maria até comeu sozinha.

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“Ela gosta de festa, mas não entende muito bem o que está acontecendo, e reclama um pouco”, conta o filho. Hoje ela vive com a aposentadoria rural e a ajuda de Aparecido. “Ela fala para eu arranjar uma companheira logo porque ela tem que ir embora. Mas eu não quero que ela vá tão cedo. Como mãe, ela é severa, mas carinhosa”, afirmou Aparecido, que é baiano mas mora há muitos anos em Içara.