Os comerciantes instalados no terminal de transporte coletivo do Guadalupe, no centro de Curitiba, estão revoltados com a possibilidade de desativação de um módulo policial existente no local. A informação teria sido repassada por um policial na semana passada. Os comerciantes acreditam que sem a presença dos policiais, a insegurança irá aumentar.
De acordo com Juniudson Garcia, que trabalha há seis anos no terminal, passam diariamente pelo local milhares de pessoas. “O terminal recebe pessoas que vêm de diversas cidades da Região Metropolitana de Curitiba”, falou. Segundo ele, devido ao grande movimento, o terminal se tornou um ponto de tráfico de drogas e prostituição. “Até homicídio já foi registrado aqui”, salientou.
A atendente Marlene Cortes comenta que seguidamente os trabalhadores são vítimas de assaltantes e desocupados que perambulam pelo Guadalupe. Há uma semana, o estabelecimento onde ela trabalha foi invadido por uma pessoa que pedia dinheiro. Diante da negativa, ela tentou agredir Marlene fisicamente. “Isso acontece com a polícia aqui, imagine se eles saírem”, disse.
Boatos
O tenente coronel da Polícia Militar e comandante do 12.º Batalhão da PM – que atende a região central da cidade -, Mauro Pirolo, negou a desativação do módulo policial. “Eu sou o comandante da área e estou garantindo isso”, afirmou. Pirolo explicou que o espaço funciona como ponto de apoio para a população, e permanecerá funcionando normalmente. Ele acredita que o boato do fechamento do posto surgiu porque alguns policiais deverão ser remanejados de local devido a aprovação em concurso.
Na tarde de ontem, quando a reportagem de O Estado esteve no terminal, o módulo policial estava fechado. O comandante explicou que isso acontece devido a escala de trabalho, pois seis policiais revezam as atividades no local, e em alguns momentos, apenas um PM fica no espaço. “Como ele está sozinho, algumas vezes precisa fazer o monitoramento na região e fecha o módulo”, finalizou.