Missa lembra importância dos doadores de órgãos

Uma missa, celebrada ontem no pátio da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, marcou o encerramento da Semana Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos na instituição. Participaram do evento pessoas transplantadas, funcionários do hospital e pacientes.

A coordenadora intra-hospitalar de Transplante da Aliança Saúde (formada por cinco hospitais, entre eles a Santa Casa de Misericórdia e o Cajuru), Gláucia Taborda Francisco, explicou que a semana é voltada justamente para divulgar a cultura da doação de órgãos, que no Brasil ainda é pouco difundida. Segundo ela, no Paraná o índice de casos em que é possível a doação e ela acontece é de apenas 25%. “A média no Brasil fica entre 50% e 60%. Ainda bem abaixo da Espanha, por exemplo, onde o índice é de 80%”, lembrou.

Gláucia destacou que o número de pessoas que esperam um transplante no Brasil é muito grande. Segundo dados da assessoria de comunicação da Pontifícia Universidade Católica (PUC PR) do Paraná, cerca de 3.200 pessoas aguardam por transplantes de córneas, rins, fígado e coração. Na Santa Casa existem 222 pessoas esperando por um rim, 131 por córnea, 102 por fígados e dezessete por um coração. “Este ano não realizamos nenhum transplante de coração por falta de doadores. No ano passado foram apenas seis transplantes”, contou.

Para a médica a maior causa do preconceito com as doações é falta de diálogo com a família. “As pessoas não conversam sobre o assunto com seus familiares. Na hora da morte a família está traumatizada e se não tem uma orientação anterior muitas vezes deixa de fazer a doação”, salientou.

Voltar ao topo