O ministro da Saúde, Humberto Costa, anunciou ontem que estará em Curitiba dia 19 de agosto para assinar o protocolo de criação de novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado. O assunto será discutido hoje em Brasília, em uma reunião entre Costa e o Secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier, que entregou na semana passada ao ministro a proposta de criação de 335 novos leitos de UTI no Paraná. O número é suficiente para cobrir o déficit registrado há quase 10 anos de 172 leitos e para deixar uma sobra nas cidades que são consideradas sedes de macroregiões, como Londrina e Curitiba.
Na reunião de Brasília, Xavier apresentará a proposta final da secretaria de criação dos leitos de UTI (geral, pediátrica e neonatal) e da sua divisão por município. “Já havíamos solicitado mais que o mínimo porque a necessidade do Estado é de quase o dobro daqueles 172 leitos.” Os novos leitos solicitados estão nas 22 Regionais de Saúde do Estado e vão garantir o atendimento do paciente na sua cidade.
O Ministério da Saúde já autorizou em junho o credenciamento de 122 leitos no Paraná e o governo do Estado garantiu a manutenção de outros 50. Os 163 leitos restantes para chegar aos 335 solicitados pelo Paraná serão o motivo principal da reunião entre Xavier e Costa. Cerca de 50% dos 335 leitos já existem no Estado e precisarão apenas ser credenciados e os demais devem ser construídos até o final do ano. No projeto, está incluída a criação de leitos de UTI em cidades que nunca tiveram nenhum, como é o caso de Telêmaco Borba.
A cidade que mais deve receber leitos de UTI credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é Ponta Grossa, sede da 3.ª Regional de Saúde que abrange mais 11 municípios. O último leito de UTI foi cadastrado na região há mais de 10 anos. Havia 18 leitos disponíveis para uma população de 550 mil pessoas. O déficit era o maior do Estado, 35 leitos. “Estamos resolvendo em tempo recorde um problema de anos”, diz Xavier.