Ministro assina convênio do Eixo Metropolitano

Depois de muita polêmica, ontem foi dado o primeiro passo para a construção do Eixo Metropolitano. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, transferiu à Prefeitura de Curitiba a responsabilidade sobre o trecho de 22 quilômetros da BR-476 (antiga 116), que liga os extremos sul (Pinheirinho) e norte (Atuba) da capital, passando por 23 bairros. A cerimônia de assinatura do convênio aconteceu na Rua da Cidadania do Pinheirinho e contou com a presença de deputados federais e estaduais, senadores e vereadores, além do prefeito Cassio Taniguchi.

De acordo com a Prefeitura, o investimento nas obras do eixo será de US$ 133,4 milhões. Parte desse dinheiro (US$ 80 milhões) vem de um financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Essa concessão tem o objetivo de beneficiar a população de Curitiba. Estou há pouco tempo no ministério, mas percebi a importância desse projeto”, comenta Nascimento. “Quando fui falar com o presidente Lula, ele pediu que passasse um recado. Essa é a maneira correta de fazer política e com grandeza. Mesmo com o prefeito sendo de um partido que não apóia o governo federal, o presidente decidiu fazer a concessão”, afirmou.

O ministro ressaltou o aval da União para as obras do Eixo Metropolitano e não soube explicar a demora para a delegação do trecho ao município. A bancada de oposição na Câmara de Vereadores ainda questiona alguns detalhes do projeto. No início do ano, ela impediu a análise dos processos de licitação, mas o Executivo municipal conseguiu cassar as liminares obtidas pelos vereadores na Justiça.

O prefeito Cassio Taniguchi afirmou que a oposição não tem razão ao dizer que as obras do Eixo Metropolitano são eleitoreiras. “Elas vão demorar mais de cinco anos (depois de terminado o seu mandato, no final deste ano). Quem vai ser beneficiado será o cidadão curitibano”, declara. “Será um novo eixo de geração de empregos e desenvolvimento para a cidade”, completa.

Para chegar ao termo de delegação, o Ministério dos Transportes, através do Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre (Dnit), examinou cuidadosamente o projeto do Eixo Metropolitano. O termo aprovado pelo ministério permite a prorrogação da delegação por mais 25 anos. “A meta é obter a transferência definitiva da rodovia para o município”, disse o prefeito Cassio Taniguchi.

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Além de canaleta exclusiva para novos e modernos biarticulados, a nova avenida terá um parque linear com arborização e ciclovias. As 12 estações terão espaços de convivência para a população e permitirão a integração dos dois lados de Curitiba. À leste da BR vive e trabalha 35,7% da população da cidade, o equivalente a 590 mil pessoas de um total de 1.653.773 habitantes (IBGE/2002). O tráfego será garantido por três pistas urbanas em cada sentido, totalmente pavimentadas. A nova avenida de Curitiba terá pistas marginais em toda a extensão para permitir o acesso aos bairros e ao comércio instalado em frente à via. O Eixo Metropolitano de Transporte pretende melhorar o atendimento da Rede Integrada de Transporte. O novo corredor de transporte contará com três linhas troncais de ônibus. Uma delas ligará a região sul da cidade, no Terminal do Pinheirinho, ao centro, próximo à Praça Eufrásio Correa, onde será instalado o Terminal Central (Linha Pinheirinho-Estação Central). Outra linha fará a ligação da região norte, no Atuba, ao Terminal Central (Linha Atuba-Estação Central) e a terceira ligará a extremidade sul do eixo à extremidade localizada ao norte, no bairro Atuba (Linha Atuba-Pinheirinho).

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