Agora não!

Mesmo com alta da tarifa técnica, Urbs não planeja subir passagem

A Urbs, que gerencia o sistema de transporte coletivo em Curitiba, divulgou ontem, no Diário Oficial do Município, o valor da nova tarifa técnica do transporte coletivo. O município vai repassar às concessionárias do sistema R$ 3,66 por passageiro transportado. Segundo a Urbs, as empresas de ônibus deverão receber cerca de R$ 64,7 milhões por mês – montante variável conforme o número de usuários por quilômetro rodado.

O aumento de 12% na tarifa técnica, que era de R$ 3,27, pôs em alerta usuários do transporte coletivo diante da possibilidade de aumento também da tarifa paga pelo passageiro, mas, pelo menos por enquanto, o valor não será reajustado, garantiu a Urbs. O valor pago hoje pelo usuário é maior do que a tarifa paga pela Urbs às concessionárias do transporte coletivo.

De acordo com a administradora do sistema, os quatro centavos de diferença entre os R$ 3,70 desembolsados pelos passageiros e os R$ 3,66 recebidos pelas empresas não “sobram”. Segundo a Urbs, como as passagens de ônibus têm validade de cinco anos, hoje existe um número elevado de usuários que pagam menos do que os R$ 3,70. Os quatro centavos serviriam para cobrir esse rombo e equilibrar o custeio do sistema.

Composição da tarifa

Para chegar ao valor de R$ 3,66, a Urbs considerou os gastos com pessoal, encargos e benefícios; custos com combustível, lubrificantes, peças e acessórios; rentabilidade justa – parâmetro que engloba o número de veículos, os impostos exclusivos e manutenção de instalações; tributos federais e estaduais; amortização – que tem a ver com a frota disponível; e custo de administração. Também foi incluída no cálculo o valor correspondente ao aluguel de 80 banheiros químicos e subtraído o montante referente aos investimentos não realizados pelas empresas na renovação da frota entre 2013 e 2015.

O Sindicato das Empresas de ânibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que os empresários estão analisando a tabela de composição tarifária e a viabilidade do novo valor.