Mês de fevereiro registra a maior incidência de raios

O período entre setembro e março é marcado pela maior incidência de descargas atmosféricas (raios) em todo Brasil. Conforme dados do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), em outubro e fevereiro, a incidência dessas descargas é ainda maior no Paraná.

Conforme o tenente Leonardo Mendes dos Santos, relações públicas do Corpo de Bombeiros de Curitiba, acidentes envolvendo raios são a segunda maior causa de ocorrências com fenômenos naturais, perdendo apenas para as enchentes. Normalmente uma pessoa atingida por um raio pode ter queimaduras graves (inclusive de 3.º grau), parada cardíaca ou parada respiratória. “O recomendado para não ser atingido por um raio é nunca se esconder embaixo de árvores e sair da água quando começa a chover, pois ela é ótima condutora elétrica. Outro procedimento recomendável é manter-se abaixado durante um temporal”, aconselhou Santos.

Detecção

O Simepar faz parte da Rede Integrada de Detecção de Descargas Atmosféricas (Ridat). A rede é capaz de detectar em tempo real a incidência de raios no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraguai, Uruguai e Nordeste da Argentina. O Simepar, através de parceira do governo do Estado e a Copel, tem as antenas desde 1996. Todavia, somente em 1998 se uniu com Furnas e com a mineira Cemig para criar a rede. A aparelhagem detecta precisamente o local, o horário e a intensidade da descarga atmosférica.

Segundo o coordenador de monitoramento e previsão do Simepar, Cesar Beneti, a rede é usada prioritariamente na proteção à vida. Porém, várias outras funções são dadas ao monitoramento dos raios. “Sempre que identificamos a formação de tempestades com raios seguindo para direções de cidades com grande número de pessoas comunicamos à Defesa Civil. Todavia, a Copel, por exemplo, utiliza dos conhecimentos sobre as descargas para tentar minimizar os problemas de interrupção no fornecimento de energia”, explicou Beneti. O coordenador destacou que alguns fatores que interferem na incidência de raios são o relevo e o tipo de solo. “No Paraná a região onde os raios caem com maior freqüência é a Centro-Oeste. Podemos formar um triângulo entre Guarapuava, Cascavel e Foz do Iguaçu”, afirmou Beneti.

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