Mercadão tem preços altos e produtos em falta

Alguns produtos alimentícios e de higiene pessoal, como arroz e papel higiênico, estão faltando nas prateleiras dos programas Mercadão Popular e Armazém da Família, da Prefeitura de Curitiba. As queixas vêm dos freqüentadores das unidades dos projetos. Eles também afirmam que os preços estão maiores do que nos supermercados da região. O objetivo desses programas é oferecer produtos que custam, em média, 30% a menos do que no comércio formal.

“A gente freqüenta lá há muito tempo e nota que estão faltando alguns produtos e que outros estão mais caros”, afirma o vigilante Manoel Soares, morador do Sítio Cercado (zona sul). Depois de sentir falta de várias mercadorias, ele foi buscar informação na unidade do Armazém da Família, onde faz as compras, e soube que cerca de 40% dos produtos não estão chegando até as prateleiras. Os responsáveis pelo projeto comunicaram a Manoel que até a semana que vem a situação estará normalizada. O vigilante detectou também que os preços estão muito parecidos com os supermercados da região onde mora.

O presidente de Associação de Moradores da Vila Profeta Elias, Joaquim Pereira, conta que foi fazer as suas compras no Mercadão anteontem e não achou arroz e papel higiênico. “Isso é estranho porque nunca vi faltar arroz em nenhum supermercado”, lembra. Segundo Joaquim, na última reunião da associação, no começo desta semana, vários moradores reclamaram da falta de produtos. Ele explica que os preços do programa estão mais caros em relação às promoções dos supermercados, mas por outro lado, estão um pouco mais baratos do que em alguns estabelecimentos.

A Secretaria Municipal do Abastecimento, por meio da assessoria de imprensa, informou que os produtos estão faltando porque no começo do ano o processo de compra e distribuição foi alterado. Algumas unidades dos projetos apresentam atraso no recebimento das mercadorias, mas já estão sendo enviados. A previsão é que todas as unidades estejam normalizadas até o final da próxima semana.

Quanto aos preços, a Secretaria comunicou que toda semana é feita uma pesquisa em doze supermercados da região onde está situada a unidade do programa. O preço do Mercadão ou do Armazém da Família sai da média entre o preço mais barato e o mais caro, indicados pelo levantamento. Assim, de acordo com a Secretaria, pode-se conseguir uma economia na compra final de até 30%. Segundo o órgão, não é possível levar em conta as promoções dos supermercados porque são passageiras.

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