O risco de nova paralisação dos serviços médicos no Hospital Evangélico por causa da dívida de quase R$ 7 milhões em honorários atrasados foi afastado ontem, após reunião entre os profissionais do corpo clínico e representantes da Secretaria Municipal da Saúde. Isso porque, além da receita obtida pelos atendimentos prestados aos pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS), o hospital passará a contar com outros aportes a partir do mês que vem. Além disso, cada paralisação reduz a receita atual que, hoje, soma R$ 9,6 milhões provenientes dos recursos federais. Isso porque o pagamento é vinculado ao número de serviços médicos prestados.
A superintendente de gestão hospitalar da secretaria, Ana Paula Penteado, esclareceu que os atrasos nos pagamentos não estão vinculados ao município. “Estamos em dia e mostramos os comprovantes aos médicos. Só que não temos domínio como o hospital gerencia seus pagamentos.” Porém, diante da importância do hospital para a rede municipal de saúde, que realiza 2.638 internações por mês, parte da solução desses atrasos será viabilizada pelo município. “O Evangélico é o maior hospital público do Paraná e peça-chave na rede de urgência. A prefeitura vai destinar recursos para o fortalecimento dessa instituição e de outras que servem de retaguarda no atendimento à população, ou seja, contempladas pela chamada Rede de Urgência Incentivo Curitiba”, informou.
Atrasados
Segundo Ana Paula, outros aportes federais também estão confirmados. Essas novas receitas vão garantir mais R$ 900 mil ao Evangélico. Segundo o diretor clínico do hospital, José Luiz Takaki, houve boa vontade por parte da secretaria. “Esses novos valores serão usados primeiramente para quitar os honorários atrasados. Além disso, a secretaria se comprometeu em buscar uma forma de garantir que algumas verbas retidas pela prefeitura sejam liberadas”. O montante retido, segundo Takaki se deve à falta da documentação exigida pela secretaria na prestação de contas dos serviços prestados ao SUS pelo hospital.