Prevenção

Médicos alertam sobre riscos de acidentes de trabalho

Os médicos do trabalho de Curitiba foram à Boca Maldita, neste sábado (27), para uma ação em comemoração ao Dia Nacional de Prevenção ao Acidente de Trabalho.

Durante toda a manhã, a Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (Apamt) ofereceu orientação sobre procedimentos de prevenção aos acidentes, demonstração dos equipamentos de prevenção  e auferiu a pressão arterial dos trabalhadores que circularam pelo calçadão da rua XV de Novembro.

“O acidente de trabalho causa altos custos à sociedade, pois além do risco da perda de vidas, tira do mercado pessoas em sua idade produtiva, causa o afastamento do trabalho, o pagamento de indenizações, a aposentadoria precoce. Por isso a necessidade de promovermos essa ação de prevenção, mostrando ao trabalhador como diminuir os riscos e esclarecendo, também, quais as obrigações das empresas”, disse o diretor científico da Apamt, Edevar Daniel.

Segundo o Ministério do Trabalho, ocorrem, em média, 700 mil acidentes de trabalho por ano no Brasil, com 3 mil mortes. “Mas esse é o dado oficial, de casos registrados. No mercado informal, no meio rural e mesmo em empresas que não registram seus acidentes, esse número deve dobrar”, comentou o médico.

Daniel explica que 70% dos acidentes de trabalho são ocasionados pelo que se classifica de ato inseguro: “a ação de uma pessoa que não seguiu as normas de segurança, ou não usou equipamento obrigatório, ou não estava preparada para a função”.

Assim, a Apamt orienta todos os trabalhadores para que: conheçam os riscos de sua atividade, sigam todas as regras de segurança, mantenham o local de trabalho organizado, use todos os equipamentos e vestuários obrigatórios, sigam rigorosamente os procedimentos operacionais, não improvisem e, na dúvida, parem.

A associação também alerta para que se cobre a responsabilidade dos empregadores: fornecer os equipamentos de proteção aprovados pelos órgãos competentes, orientar e capacitar os trabalhadores, atualizá-los sempre que necessário, cumprir os protocolos de segurança e comunicar os eventuais acidentes ao Ministério do Trabalho.

“A maioria das empresa é séria e cumpre com suas obrigações. Mas ainda temos algumas que resistem a adotar todos os procedimentos e oferecer todos os equipamentos. E isso é muito preocupante”, conclui Edever Daniel.