Mais uma vez a falta de remédios excepcionais está afetando pacientes no Paraná, problema que começou em março de 2007. A situação parecia normalizada, mas pessoas que dependem do remédio Dostinex estão tendo problemas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o remédio foi comprado há mais de um mês, mas o laboratório está tendo problemas para fazer a entrega.
Luciana Schwarzbach, 27 anos, descobriu em outubro de 2006 que tinha um tumor benigono na hipófise, glândula que tem o tamanho de uma ervilha e se localiza em uma estrutura óssea na base do cérebro. Ela precisa tomar um comprimido três vezes por semana para impedir o crescimento do tumor. Sem a substância, a doença pode evoluir e afetar a visão, por exemplo. Cada caixa do Dostinex custa entre R$ 150 e R$ 280.
Luciana começou a receber os remédios da Sesa em janeiro de 2007. O fornecimento foi interrompido em agosto, mas no mês seguinte a situação se normalizou. Agora o problema voltou e ela ainda não conseguiu pegar as caixas de janeiro. ?A situação é complicada, apesar de saber que é um tumor benigno, isto afeta o psicológico, deixa a gente ansiosa, estressada e faz mais mal ainda?, desabafa. Até ontem o remédio não estava disponível.
Segundo a assessoria de imprensa da Sesa, o problema vem ocorrendo só com este medicamento e a Secretaria vem pressionado o laboratório para normalizar a situação. Mas ainda não se sabe quando o problema será resolvido.
