Mariscos colhidos em mar aberto

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, acompanhou anteontem, a primeira colheita de vieiras e mexilhões em mar aberto do litoral paranaense. O cultivo experimental de organismos marinhos visa à criação de alternativas de renda para os pescadores artesanais. A Associação Comunitária de Pescadores Profissionais e Amadores de Pontal do Paraná retirou cerca de oito toneladas de mariscos, localizados a uma milha da costa.

O programa Paraná Doze Meses, da Secretaria de Agricultura, investiu cerca de R$ 72 mil reais na compra de equipamentos e até em cursos de mergulho para os pescadores, que a cada três ou quatro dias mergulham para acompanhar o desenvolvimento dos mariscos.

De acordo com Pessuti, a Secretaria de Agricultura vai continuar investindo neste projeto. “É, inclusive, uma orientação do governador Roberto Requião para que o apoio aos pescadores do Paraná seja bem maior do que vinha ocorrendo até agora. Esta é uma das alternativas de renda adicional à pesca artesanal, como eles vêm praticando”, disse.

O secretário considera que este é um momento importante para a aqüicultura e uma das prioridades do governo federal, que até criou o Ministério da Pesca para cuidar desse assunto. No Paraná, segundo ele, o governador Requião determinou que sejam investidos mais recursos na piscicultura, tanto de água doce como salgada, como uma forma de minimizar a pobreza. “Com a extensão deste projeto para outras áreas, podemos dar melhores condições de vida a outros pescadores. Para isso, a Secretaria vai proporcionar treinamentos, ensinar alternativas de preparo de peixes e outros mariscos, além de financiar estruturas físicas para guardar redes, equipamentos e até pescados”, disse Pessuti.

Esta foi a primeira experiência do cultivo de organismos marinhos em mar aberto. Antes, esse tipo de atividade só era desenvolvido em baías. Pesquisadores acreditam que o mar aberto oferece condições mais favoráveis para o desenvolvimento dos organismos.

Os estudos para a viabilidade deste projeto foram realizados pelo Centro de Estudos da Pesca da Universidade Federal do Paraná UFPR-, em parceria com o Instituto Ecoplan, instituições públicas, Marinha e Associação de Pescadores. “O resultado positivo desta primeira colheita levou a Secretaria da Agricultura a implantar, até o fim do ano, dois novos pontos de cultivos para atender a outras colônias de pescadores”, afirma Celso Fernandes, diretor do Paraná 12 Meses. “Num futuro próximo, além de Pontal do Paraná, vamos investir cerca de R$ 900 mil em outras áreas do litoral, como Guaratuba, Antonina, Morretes e Matinhos.”

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