Maringá possui 100 córregos sem nome

O município de Maringá possui tal diversidade de córregos e nascentes que até hoje, depois de 70 anos do início do processo de colonização, a maioria deles ainda é praticamente desconhecida do poder publico. Para se ter uma idéia, o município é entrecortado por 173 córregos, mas apenas 70 deles figuram nos mapas cartográficos. Os mais de cem restantes sequer possuem nomes oficiais.

Para identificar, mapear e dar nomes a estes córregos, a Comissão de Assessoramento para Recuperação dos Fundos de Vale (Carfv), da Prefeitura de Maringá, começou a vistoriar propriedades das áreas rural e urbana. A Secretaria de Meio Ambiente também prepara um projeto de lei que permite “batizar” nascentes e córregos com nomes de caciques indígenas das tribos que povoavam a região nos séculos XVI e XVII, quando conquistadores espanhóis tentaram colonizar o noroeste do Paraná.

Para Jorge Villalobos, da Carfv, o nome oficial e o mapeamento são importantes para distinguir os córregos, facilitando as ações de fiscalização dos recursos hídricos. “Se não está no mapa, fica difícil agir contra qualquer agressão ambiental “, afirma.

Drenagem

Desde que iniciou os trabalhos, a Comissão identificou dois córregos sem nome, um deles ao lado do Parque do Ingá. O outro, batizado provisoriamente de Córrego Castilho, foi localizado esta semana na Estrada do Guerra. Durante a vistoria, os técnicos constataram que o manancial foi totalmente drenado para plantio de arroz e criação de peixes, servindo a seis propriedades rurais.

Os proprietários já se comprometeram a recuperar a área, assinando inclusive termo de compromisso com o Ministério Público. A Secretaria de Meio Ambiente afirma que os trabalhos de identificação de nascentes têm como objetivo proteger os recursos naturais do município e não punir possíveis agressões ambientais cometidas por proprietários rurais ou urbanos.

Vistoria

Por isso, pede a colaboração de agricultores, que devem pedir vistoria dos técnicos em sítios, fazendas e chácaras com nascentes conhecidas por nomes genéricos, como “corguinho”, “corregozinho”, “corgo” e outros.

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