Máquinas de bingo não podem ser exportadas

A empresa curitibana Ruby Equipamentos Ltda. está vivendo uma situação inusitada. Ela produz máquinas para jogo de bingo destinadas à exportação. Mas está sendo proibida de exportá-las pela Secretaria da Receita Federal. Ontem, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba conseguiu agendar uma audiência para discutir o problema na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Ela vai acontecer na próxima terça-feira, às 14h, com participação da Receita Federal, Polícia Federal, Procuradoria do Trabalho, sindicato e representantes da empresa.

O diretor do sindicato e secretário de Saúde da Força Sindical, Núncio Mannala, explicou que todo o problema está em dois chips que são importados da Coréia pela empresa. “Uma instrução normativa da secretaria da Receita diz que na fabricação de máquinas de bingo não pode haver componentes importados. Mas as máquinas produzidas pela Ruby são justamente para a exportação”, explicou. Ele destacou que a empresa está produzindo, mas sem poder exportar há um ano e quatro meses. “Eram 150 funcionários. Hoje são apenas setenta”, revelou, questionando o fato de a Receita Federal proibir uma exportação que chega a US$ 800 mil por vez, por apenas R$ 6, que é o valor dos chips.

O sindicalista alertou que se a situação não for resolvida, a empresa ficará completamente inviável, deixando desempregados seus funcionários.

Bingo

Mannala revelou que na última sexta-feira protocolou pedido de audiência do presidente estadual da Força Sindical, Sérgio Butka, com o governador Roberto Requião (PMDB). “A Força Sindical vai pedir que o Estado, através da Secretaria do Trabalho, estenda o seguro desemprego em mais seis meses para os ex-funcionários de bingos. Além disso, pedimos ajuda no treinamento e recolocação profissional dessas pessoas”, afirmou, destacando que a Força Sindical é favorável ao fechamento dos bingos, mas não ao desemprego das pessoas que trabalhavam neles.

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