Manifestantes bloqueiam rua perigosa em Colombo

A Associação de Moradores de Campo Alto, em Colombo, bloqueou ontem, com pneus, a Rua Husley, localizada no bairro, para protestar contra os freqüentes acidentes na via. Eles reclamam que os motoristas trafegam em alta velocidade, já que não há redutor de velocidade. Segundo o presidente da associação, Iziel M. Souza, desde setembro de 2001 eles pedem que a Prefeitura tome providencias, mas nada foi feito até agora. Crianças e idosos são os que mais sofrem.

Com faixas e um carro de som estavam pedindo a adesão dos moradores. Com dificuldade, Carmosino Secan, de 66 anos, ajudava a empurrar um pneu para colocar no bloqueio. “É difícil de atravessar para a gente grande, imagina para as crianças”, diz.

De acordo com Isabel Saquetti, 61, todo mundo no bairro conhece alguém que já sofreu algum acidente. “Tem até gente que ficou em cadeira de rodas”, lembra. Ayrton Ribas Guimarães, 60, foi uma das últimas vítimas. Ele foi atropelado no mês passado, ficou cinco dias internado e até hoje tem um pouco de dor de cabeça e dificuldade para andar. Os remédios a mulher dele consegue em um posto de saúde.

Outra problema da via é que cheia de desníveis, e em muitos pontos da travessia os pedestres e motoristas não tem visão. Esta é a preocupação de O.B., 43, que não quis se identificar. Ele conta que a esposa precisa atravessar a rua de carro. Uma vez o veículo morreu e quase que o outro veículo que percorria via bateu nela já que não há visibilidade. “A minha filha de três anos estava junto. Ainda bem que ele conseguiu frear.”

Outro problema é que existe uma escola perto da rua e muitas crianças precisam atravessar sozinhas. Maria Augusta Ribas, 67, conta que tem três bisnetos. “Sempre alguém leva eles para a escola”, diz. Os moradores reclamam ainda que durante a noite e fins de semana a via é usada para a disputa de rachas.

De acordo com o Iziel, a associação já fez vários pedidos e até agora não foi atendida. De acordo com ele desde setembro do ano passado quatro acidentes graves ocorreram, sem contar os de menores proporções. Eles esperam que o movimento sensibilize os responsáveis e seja colocado um redutor de velocidade.

Ribeira também fechada

Fábio Schäfer

O movimento na Estrada da Ribeira dificulta o acesso de pedestres e veículos ao pronto-socorro, posto de saúde, escola e comércio do Alto Maracanã, em Colombo. As entradas são mal sinalizadas e confusas. Em busca de uma solução, cerca de trezentos moradores fecharam a estrada com pneus em chamas, às 19h de anteontem.

A principal reivindicação é a instalação de um semáforo. “Neste trevo, os veículos entram na contramão, os ônibus param no meio da pista para esperar que o fluxo do trânsito abra uma brecha”, comentou Vilson Ademar Adler Carvalho. “A lombada eletrônica ? a poucos metros do local ? não adianta”, denunciou Andréa Kasklen, da Associação de Moradores. Ela mostrou um abaixo-assinado com 150 nomes, pedindo uma solução.

O protesto foi assistido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). “No início da semana, nos reuniremos com a Prefeitura e DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre) para tentarmos chegar a uma solução ao problema”, prometeu o patrulheiro Furtado, chefe da delegacia da PRF. Segundo ele, o trecho está em vias de estadualização, o que permitiria a duplicação das pistas e outras obras.

Depois de duas horas de bloqueio, a rodovia foi liberada e o fogo apagado pelo corpo de bombeiros. Mas se não houver resposta positiva na reunião da semana que vem, os moradores prometeram repetir o protesto.

Voltar ao topo