De posse do ofício que autorizava a retirada das grades – encaminhado pelo secretário de Estado de Obras Públicas, Luiz Caron, anteontem – uma equipe da Prefeitura de Curitiba se dirigiu no início da manhã de ontem ao Batalhão Coronel Dulcídio, no Tarumã (zona leste), para levar o material. Entretanto, o comando do regimento impediu a retirada, pois o ofício era assinado pela secretaria e não pelo Departamento de Estado de Construção de Obras e Manutenção (Decom), que é um órgão pertencente à secretaria.
O tenente-coronel Ezaú Borges de Sampaio, responsável pelo batalhão, diz que não autorizou a retirada num primeiro momento, por entender que as grades deveriam ser devolvidas a quem havia solicitado a guarnição. “O raciocínio é simples: se alguém lhe pede para guardar algo, você deve entregá-lo para quem pediu,e não para outro”, justifica o coronel.
O mal-entendido foi resolvido horas depois pela secretaria e o Decom. Ambos entraram em contato com o regimento e esclareceram toda a situação. “Em nenhum momento existiu má vontade por parte da secretaria ou do próprio batalhão. Os funcionários da Prefeitura só não levaram as grades, porque chegaram antes de o Decom ligar para o regimento permitindo tal procedimento”, explica o diretor-geral da secretaria, Nilson Pohl.
No início da tarde, a Prefeitura novamente mobilizou os dois caminhões e oito funcionários para retirar os 350 metros de grades do regimento.