Vinte e duas crianças – algumas delas hoje adultas – seguem desaparecidas no Paraná. O último caso de grande repercussão não solucionado pela delegacia especializada da Polícia Civil para isto, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), ocorreu em 2005 em Curitiba, no desaparecimento da menina Vivian Florêncio, na época com três anos de idade. Ela e a mãe sumiram em março daquele ano. O corpo da mãe, Maria Emília Florêncio, foi encontrado cinco dias depois do desaparecimento. Mas nunca surgiu uma pista sobre o paradeiro da criança.

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Policiais do Sicride atualmente se dedicam a mais um caso misterioso: o sumiço da menina Joseane Moraes, no dia 03 de dezembro, na cidade de Cambé, região norte do Paraná. Ela tem nove anos e desapareceu ao ir para uma festa em uma igreja da cidade. A imagem de Joseane está sendo divulgada em todo o Estado.

Os dois casos recentes ainda não ficaram tão marcados na memória da sociedade como os desaparecimentos ocorridos principalmente nas décadas de 1980 e 1990. Época em que foram registrados os sumiços de Ewerton de Lima Gonçalves, Guilherme Caramês Tiburtius e Leandro Bossi, entre outros. Casos não resolvidos até hoje.

Se fosse para dar um conselho, o construtor civil João Bossi, pai de Leandro, teria apenas um: que os pais cuidem mais dos filhos. “Porque a dor depois é muito grande”, conta, emocionado. A família lamenta o desaparecimento o tempo todo, mas há duas datas muito críticas: a época de Natal e o aniversário de Leandro, dia 08 de fevereiro.

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Resposta

A emoção se mistura com a revolta. João Bossi quer apenas uma coisa. Uma resposta sobre o desaparecimento do filho, ocorrido no dia 15 de fevereiro de 1992, em Guaratuba, no litoral do Paraná, quando tinha sete anos. No dia em que Leandro desapareceu, ele saiu de casa e foi até o trabalho da mãe. Ela pediu para que o filho voltasse para casa e trocasse de roupa.

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Depois, nunca mais foi visto. “Eu quero uma resposta. Não veio nenhuma. Não veio ninguém. Nem assistente social passou aqui. Só quero uma resposta do governo do Estado. Se está morto, onde. Se está vivo, onde e por que desapareceu. O governo está mais preocupado em transferir presos de Matinhos e Guaratuba para Curitiba. Nós não temos ajuda de nada”, desabafa.