Greve dos bancários

Mais de 600 agências estão fechadas no Paraná

O sexto dia da greve nacional dos bancários deixa 646 agências da base da Fetec-CUT-PR interditadas em todo o estado, segundo levantamento do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Destas, 296 são da base do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e as outras 349 do interior. Segundo estimativas da Fetec-CUT-PR, 18,5 mil bancários estão de braços cruzados em todo o estado, dos quais 13,7 mil em Curitiba e região e 4,8 mil no interior.

“Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país. Os banqueiros não atenderam as reivindicações da categoria na mesa de negociação e agora estão sentindo a força da mobilização”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

A categoria aprovou greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.

As principais reivindicações dos bancários

*Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

* PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

* Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que deixa precária as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

* Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

* Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.