Mães da Ong Serpiá aceitam desafio de produzir símbolo da Feira do Empreendedor

Quinze mães da Ong Serpiá – Associação de Serviços e Programas para a Infância e a Adolescência, aceitaram produzir a demanda de quase 2.000 cata-ventos, solicitada pelo Sebrae/PR. Os cata-ventos representam a logo da Feira do Empreendedor, que deve acontecer em Curitiba, no Expotrade, de 2 a 5 de setembro, com um público estimado em 30 mil pessoas.

Para a coordenadora da oficina na Serpiá, a terapeuta ocupacional, Regina Célia Titotto Castanharo, esse trabalho só se tornou possível pelo comprometimento dessas mães e principalmente pela união. “Nós nos organizamos para trabalhar em série, ou seja, com uma escala de produção, respeitando a habilidade de cada participante do grupo, experimentando técnicas que aumentassem a produção, e principalmente trabalhamos unidas por essa causa, e assim conseguimos entregar os cata-ventos”.

Este trabalho em equipe, de forma organizada e operacional, seria comum e sem nada de extraordinário se fosse uma empresa ou mesmo pessoas acostumadas ao trabalho em fábricas ou oficinas. O que se destaca, é a participação de mães, donas de casa, pessoas que nunca trabalharam fora, se organizando em linha de produção. “Mais do que o cumprimento de um prazo, de uma tarefa, como uma empresa qualquer, este trabalho proporcionou às mães uma oportunidade de terem sua auto-estima valorizada”, destaca satisfeita Regina.

Segundo a terapeuta, tiveram momentos em que as mães, durante a confecção dos cata-ventos puderam conversar sobre problemas comuns, pois enquanto estavam na oficina, os filhos estavam em consulta com a equipe de profissionais da Ong, especializada no tratamento de crianças e adolescentes com problemas mentais. A oficina se transformou em um momento de descontração. “Elas riam muito, tinham orgulho de saber que os cataventos estariam na Feira, nas ruas e seriam entregues para os jornalistas”, emociona-se Regina.

“Esse trabalho foi muito gratificante para nós, trabalhamos organizadas, com amor, e o melhor é estarmos juntas, enquanto nossos filhos são atendidos”, conta Tânia de Fátima Garcia dos Anjos. “Durante as tarde que passamos aqui, não vemos o tempo passar, a gente se sente leve, e ficamos muito felizes com isso, e mais ainda quando soubemos do impacto positivo que o nosso trabalho causou no Sebrae”, explica Teiko Barbosa, voluntária na Ong e que ajuda as mães do Grupo.

Resultados – Foi distribuido para cada funcionário do Sebrae no Paraná, um cata-vento que foi colocado nos computadores. Esta é uma ação de comunicação interna que, segundo os funcionários, criou um ambiente que marcou o evento.

“Não tem como você ver o cata-vento e não lembrar do trabalho da Ong, trouxe um colorido e uma lembrança de infância”, destaca Adriana Grubba de Oliveira, secretária da diretoria. Maria Isabel Guimarães, também secretária da diretoria, diz que se emociona quando percebe o vento entrar pela janela e girar o cata-vento.

“Essa ação é uma relevante parceria que demonstra a importância de dar oportunidade para que pessoas possam mostrar seu trabalho e sua vontade de fazer algo inovador”, enfatiza André Barbalho, diretor-técnico da Sebrae/PR.

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