Mãe de candidato morre durante prova na capital

Augusta Terezinha Fulman, 58 anos, teve um infarto e morreu no domingo enquanto acompanhava o filho durante a realização das provas de aptidões físicas do concurso para a Guarda Municipal de Curitiba. Por volta das 22h30 ela teve uma parada cardíaca e ficou por nove minutos sem atendimento. Segundo o presidente da comissão organizadora do concurso, Robson Rúbio Rodrigues, uma médica estava de plantão no local até as 20h e depois deste horário as provas foram cobertas por um convênio com um plano de saúde.

O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) foi o responsável pela realização das provas que ocorreram na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O presidente da comissão explica que a médica só ficou até às 20h porque as modalidades que exigiam maior esforço físico já haviam sido realizadas e, depois daquele horário, os participantes das provas seriam atendidos pelo convênio de saúde.

Rodriguês também reforça que foi exigida a apresentação de exames médicos para que os candidatos participassem dos testes físicos, por isso foi calculado que os incidentes que poderiam ocorrer nas provas de menor esforço não seriam tão graves. Ele diz que conversou com a Procuradoria do Município, que afirmou que eles agiram de modo correto.

De acordo com o cardiologista do Hospital de Clínicas, Danton Rocha Loures, depois de nove ou dez minutos da parada cardíaca, as chances de vida são quase zero. Ele explica que depois de três minutos as células nervosas começam a morrer e se houver atendimento pode-se recuperar o paciente com um mínimo de seqüelas. Com cinco minutos, as chances ainda existem, mas o paciente vai apresentar alguns danos no sistema nervoso e entre 9 e 10 minutos, praticamente não há chances de recuperação.

Concurso

Ao concurso se inscreveram 5.221 pessoas e 2.500 foram classificadas para a segunda fase. No último sábado e domingo duas mil fizeram as provas e amanhã será a vez dos demais. Quem já fez os testes tem muitas reclamações. Entre elas, o valor cobrado (R$ 50,00) e que o concurso estava muito desorganizado. Jucélia de Jesus Ribas conta que chegou a esperar cerca de quatro horas entre a realização das provas e permaneceu no local por quase 10 horas.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Curitiba, uma comissão especial do setor de Recursos Humanos vai estar acompanhando as provas amanhã. A comissão que organizou o evento também deve apresentar à Prefeitura um relatório sobre o ocorrido no domingo.

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