“Luz Fraterna” beneficiou 800 mil paranaenses

Desde que começou a pagar a conta de luz de famílias de baixa renda, o governo do Estado beneficiou em média 800 mil paranaenses com o programa “Luz Fraterna”. São contas que viraram crédito, dinheiro para suprir outras necessidades básicas e dar melhores condições de vida à população. As primeiras contas já quitadas pelo governo foram entregues em setembro de 2003, beneficiando 216 mil consumidores à época.

Como o programa contempla os consumidores que, além de estarem cadastrados nos programas sociais da Copel e do governo federal, conseguem manter o consumo de energia até 100 kW/h, o cadastro das famílias acaba sendo flutuante. Quem excede o consumo perde o subsídio no mês faturado, voltando automaticamente ao cadastro assim que o consumo voltar ao patamar estabelecido.

“Com essa medida, incentivamos o uso racional sem comprometer ou privar o consumidor do conforto e das praticidades do uso de energia como um chuveiro elétrico, uma geladeira e um aparelho de televisão”, cita o diretor de distribuição da Copel, Rubens Ghilardi. Esses utensílios, se usados sem desperdício, não devem consumir mais do que o limite estabelecido pelo programa e significam muito no dia-a-dia das pessoas.

Após dez meses de implantação, o “Luz Fraterna”, um compromisso de campanha do governador Roberto Requião, atingiu o maior número de famílias cadastradas e atendidas no mês de junho, aumentando em 21 mil o número de consumidores beneficiados em relação ao cadastro inicial, que era de 216 mil famílias. Os números dão conta de 237.300 famílias beneficiadas ou quase 950 mil paranaenses.

Benefícios

“Um alívio.” Assim expressa a dona de casa Lúcia Tomazini Correia ao falar sobre o programa que a isentou do pagamento da conta de luz. Há quatro meses, a família tem mais dinheiro para o sustento de suas necessidades. A renda per capita familiar não chega a R$ 100 e a conta de luz de Lúcia batia a casa dos R$ 30 por mês. Mesmo com o benefício, a família mantém hábitos saudáveis, economizando e equilibrando os gastos para não passar de 100 kW/h. A medida garante mais fraldas descartáveis e leite para a filha menor da dona de casa.

Vivendo com um salário mínimo, a pensionista Terezinha Antunis Alexandrini não é a única brasileira a ter dificuldades na hora de dividir os parcos recursos entre a farmácia e o supermercado, suas duas prioridades. Morando no Paraná, o dinheiro reservado para o pagamento do consumo de energia elétrica já não tem pesado na conta desde que Terezinha foi beneficiada pelo programa “Luz Fraterna” há dez meses.

Mais três municípios incluídos

O governador Roberto Requião e o vice e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, lançaram ontem o programa “Leite das Crianças” em três municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Com a inclusão de Colombo, Pinhais e Almirante Tamandaré, restam apenas dois municípios – Curitiba e Araucária – para que o programa atenda todo o Estado. O lançamento do programa nestes dois municípios está previsto para quinta-feira (15). Só nos municípios onde o programa foi lançado ontem, 5.763 crianças serão beneficiadas. Apenas em Almirante Tamandaré, o programa tem potencial para atender 1.951 famílias.

Depois de integralmente implementado, o programa “Leite das Crianças” terá capacidade para atender 200 mil crianças. O leite é distribuído preferencialmente a partir das escolas, que receberam vinte refrigeradores para a conservação do produto naquela região.

O trabalho conjunto de várias de entidades – desde as associações de representação religiosa até os sindicatos – permite que o programa seja organizado em todo o Estado e que o importante auxílio chegue até famílias como a de Raquel Ferreira Mendes. Mãe do pequeno Sérgio, ela deixará de gastar pelo menos R$ 40 todos os meses apenas com leite até que o seu filho complete três anos de idade.

Somado com os benefícios do “Luz Fraterna”, que isenta do pagamento pelo consumo de energia; e a Tarifa Social da Sanepar, o auxílio representa a economia de perto de meio salário mínimo todos os meses para as famílias de baixa renda.

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