Há cerca de três meses, motoristas que circulam pelas BRs 116 e 476, na região de Curitiba e municípios vizinhos, têm se deparado com as lombadas eletrônicas presentes ao longo das vias fora de funcionamento. Em alguns locais, as luzes dos equipamentos permanecem piscando. Entretanto, a velocidade dos veículos não é demonstrada e nem registrada.

continua após a publicidade

“Os motoristas enxergam, de longe, que as lombadas não estão funcionando. Com isso, as estradas ficam mais perigosas”, comenta o motorista de ônibus Ronuel de Souza, que passa diariamente pela 116.

O motoboy Daniel Cardoso conta que já levou um susto em função do não funcionamento de uma lombada. “Sabia que a lombada não estava funcionando, mas mesmo assim reduzi para passar no limite de velocidade permitido. O problema é que o carro que estava atrás não fez o mesmo e quase passou por cima de mim. É complicado, pois com as lombadas apagadas as pessoas não se sentem obrigadas a respeitar as velocidades máximas”, diz.

Para os pedestres, a situação também se tornou mais precária. Na manhã de ontem, a funcionária de gráfica Andréa Cristina dos Santos tinha dificuldades para atravessar a BR-116 na altura da lombada eletrônica presente no quilômetro 14, na Vila Zumbi, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.

continua após a publicidade

“Sempre procuro atravessar perto da lombada porque acho que é mais seguro. Porém, com ela fora de funcionamento, não adianta nada. Os carros não diminuem a velocidade e eu levo um tempão para atravessar. Muitas vezes, tenho que correr”, comenta.

Dnit

continua após a publicidade

O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) informou, através de sua assessoria de imprensa, que as lombadas fora de funcionamento não são problemas exclusivos da Grande Curitiba.

A situação vem ocorrendo em diversas estradas, em várias partes do Brasil, em função de problemas com a licitação que permitiria a contratação de uma nova empresa para operar os equipamentos.

“O contrato com a empresa que realizava os serviços acabou e a nova licitação para contratação de outra empresa foi questionada na Justiça por concorrentes. Por isso, está atrasada.”