Loja fecha e deixa prejuízo para funcionários e clientes

Funcionários e clientes da loja 5200, na Avenida das Torres, em Curitiba, realizaram um protesto em frente à empresa na manhã de ontem. Eles afirmam que foram vítimas de um calote. Segundo os manifestantes, os gerentes financeiros, Neorin Salton e Franklin Vasconcelos Neto, fecharam a 5200 sem dar nenhuma explicação. Há casos de clientes que pagaram por mercadorias e não as receberam.

A loja fechou na segunda-feira sob alegação de falência. Segundo Cláudio Guedes, funcionário da loja, eles trabalharam normalmente na última sexta-feira, e quando voltaram na segunda-feira, as portas da loja estavam fechadas e cercadas por seguranças contratados pela gerência do estabelecimento.

“Nós deixamos nossos pertences dentro da loja, e não pudemos pegar. Não estávamos entendendo o que estava acontecendo”, diz o funcionário. “Fomos pegos de surpresa. Não fomos avisados e nem recebemos décimo terceiro e fundo de garantia”, completa.

De acordo com os funcionários, a loja é uma filial da 7200, localizada em Porto Alegre. Segundo Guedes, os gerentes financeiros da loja trabalhavam de segunda a sexta, se hospdevam em um hotel da capital, e voltavam para Porto Alegre no final de semana.

Ação na Justiça

Os clientes que já haviam pago pelas mercadorias ainda não foram ressarcidos. A professora Dulce Lütki afirma que vai entrar com processo na justiça juntamente com os outros clientes lesados. “Nós vamos nos reunir, ver o número de pessoas lesadas e entrar na justiça. Tem gente que perdeu cerca de nove mil reais. Na sexta-feira eles estavam vendendo normalmente, ninguém avisou nada, e na segunda-feira, fecham sem dar nenhuma explicação. Isso não pode ficar assim, muitas pessoas tiveram prejuízo”, reclama.

Dulce também afirma que não houve contato dos gerentes para uma explicação. “Não recebi nada, nem um telefonema para dar um parecer sobre a situação”.

Porto Alegre

O ex-gerente financeiro da 5200, Franklin Vasconcelos Neto, que está em Porto Alegre, confirmou, por telefone, a falência da loja, mas disse desconhecer o que foi alegado pelos funcionários e clientes. Além disso, disse que não existe uma matriz da loja na capital gaúcha. “Também sou um funcionário e estou lesado. A loja decretou falência e nós só cumprimos o que era para ser feito. Mas não existe nenhuma relação com alguma loja de Porto Alegre”, afirma.

O Estado conversou com o gerente financeiro da loja 7200 na capital gaúcha, que se identificou apenas pelo sobrenome, Salton. Ele afirmou não saber da existência da loja em Curitiba, e alegou que a loja em Porto Alegre não possui nenhum vínculo com a 5200, apesar de ter o mesmo sobrenome do gerente que está sendo acusado pelos funcionários e clientes.

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